quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A Rede Social

As redes sociais já são parte da nossa vida, elas são um sucesso. Elas dominaram a internet, e agora dominaram os cinemas também. Desculpe, eu tive que fazer esse trocadilho. Antes que dê tempo de eu fazer outro, vou começar logo o texto.


A Rede Social (The Social Network, 2010)
Direção: David Fincher
Algumas pessoas se perguntam como um filme sobre a criação do Facebook poderia ser bom. Bem, a resposta é simples: o filme não foca na criação do Facebook, e sim no seu criador e nos processos que este teve que enfrentar.
Mark Zuckerberg é um nerd que inventa, enquanto estuda em Harvard, o famoso Facebook junto com o seu amigo brasileiro Eduardo Saverin. A partir daí eles enfrentam o sucesso e processos enquanto tentam progredir.
O filme é magnífico. A personalidade de Mark, interpretado por Jesse Eisenberg muito bem, é a graça de todo o filme. Ele é um gênio, é sarcástico, acha que ninguém merece sua atenção e pensa ser o melhor do mundo. Com isso ele vai ofendendo todas as pessoas à sua volta, e não tem um amigo sequer, a não ser Eduardo (chamado de Wardo por ele, belo apelido), interpretado por Andrew Garfield. Sempre tem um brasileiro metido nas histórias.
Eisenberg solta todas as suas falas numa velocidade absurda, caracterizando o pensamento extremamente rápido de Zuckerberg. Ele dá bastante vida ao personagem, fazendo dele uma pessoa que você vai amar odiar.
Depois de ser tão babaca a ponto de fazer sua namorada terminar com ele, Mark cria, por vingança, um site em que se pode escolher a mais bonita entre duas alunas do campus. Aliás, a cena em que ele está criando o tal site é muito boa, com uma festa rolando enquanto mostra ele hackeando os computadores dos alojamentos de Harvard, narrando suas artimanhas para fazer isso.
Ao ser procurado, por causa do sucesso que o site teve na universidade, pelos gêmeos Winklevoss, ambos interpretados por Armie Hammer muito bem, para fazer uma rede social exclusiva para os alunos de Harvard, Mark tem a ideia para criar o "thefacebook", como era chamado no começo. Isso leva a um dos dois processos que ele enfrenta no filme, o de roubo de propriedade intelectual pelos gêmeos.
Então surge Sean Parker, o criador falido do Napster interpretado por Justin Timberlake, também muito bem. Ele começa a dar várias ideias para aumentar a popularidade do Facebook, o que agrada Mark, mas não a Eduardo, o que, eventualmente, leva ao processo que Saverin abriu contra seu melhor amigo Zuckerberg.
O filme é contado em uma ordem não cronológica, entre o julgamento dos processos e flashbacks explicativos, inclusive mudando bastante de um para outro, às vezes apenas o tempo necessário de um personagem dizer apenas uma fala antes de voltar para a outra linha narrativa. Uma maneira muito interessante de se contar a história do filme e uma ideia acertada, visando o melhor entendimento de toda a história da criação.
Com uma bela direção, roteiro e atuações, o filme sempre te mantém interessado, sempre conduzindo bem a história e sendo bem engraçado, em parte pela personalidade do protagonista. Um filme excelente que, mais do que contar simplesmente a história da criação do Facebook, conta a história de uma pessoa com uma personalidade difícil e todos os problemas que ela passou. Assista.


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Megamente

Há tempos que a DreamWorks percebeu que não pode competir com a Pixar e suas histórias fantásticas que despertam as emoções de todo mundo. Por isso ela decidiu seguir outra linha, sendo mais paródica, satírica e simplesmente divertida e engraçada. Prova disso é esse filme.


Megamente (Megamind, 2010)
Direção: Tom McGrath
O filme brinca com os conceitos de toda história de super-herói. O vilão é mau porque é mau, o herói é bom porque é bom, o vilão quer destruir o herói, mas nunca consegue. E se isso mudasse?
Megamente é um super-vilão que consegue realizar o seu maior sonho: destruir seu rival Metro Man. Depois disso, ele vê que sua vida não tem mais sentido, e cria um novo herói para combater, Titan.
O filme é bem inteligente, fazendo todas as referências às histórias de super-heróis. O filme presta grandes homenagens: Metro Man é Superman escrito: pomposo e bom até a espinha. Enquanto Megamente é a personificação de Lex Luthor: muito inteligente, mas que usa isso para o mau. A paródia começa com os pais de ambos os personagens os enviando à Terra antes de seus planetas serem destruídos. Megamente cai em uma prisão e aprende a ser um vilão. Há ainda a figura da jornalista que é sempre salva pelo herói.
O filme inverte a história clássica e faz do vilão o novo herói, aquele que conquista a mocinha e salva o mundo, enquanto Titan usa seus poderes de herói para causar destruição e se divertir. O filme é inteligente ao mostrar que, se algum dia o vilão derrotasse o herói, não haveria mais nenhuma história para ser contada, não haveria o ciclo contínuo de vitórias e derrotas para sustentar os personagens.
Ainda na galeria de personagens temos o divertido Criado, o peixe de Megamente em um corpo robótico de gorila, e Bernard, curador do Museu do Metro Man, que Megamente rouba a identidade para poder sair com a jornalista Rosana Rocha.
Uma coisa que me agrada no filme é o seu exagero e a absurdidade. A cidade é simplesmente destruída toda hora, Megamente tem todos os tipos de armas, aparelhos e tecnologias e tudo isso é normal. Ver alguém arremessando um prédio em outro é algo que eu sempre gosto de ver. E ainda Megamente tem a mania de errar diversas palavras, algo bem divertido.
O filme contém também diversas referências nerds que garantem mais diversão. Além das referências a Superman já citadas, quando Megamente vai treinar Titan para ser um herói, ele assume a forma de Marlon Brando no filme original e diz ser seu pai do espaço. O filme ainda faz brincadeiras com outros super-heróis como X-Men, Capitão América e Lanterna Verde. Há ainda homenagens a Karatê Kid e Donkey Kong (acredite, você vai reconhecê-las).
A trilha sonora do filme é excelente, com grandes artistas como Guns n' Roses, Ozzy Osbourne, AC/DC, George Thorogood, ELO, Michael Jackson, Elvis Presley e até Minnie Riperton, com a sua Lovin' You. E o melhor de tudo é que as músicas não são apenas jogadas no filme, elas combinam bem com o momento e os personagens.
Um roteiro bem inteligente, com bastante humor, paródia e vários motivos para te fazer gargalhar. Bem como a DreamWorks gosta de fazer. Imperdível.


sábado, 11 de dezembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1

Esse é post de número 50, que felicidade. 50 posts em quase um ano de vida. E esse momento veio justo agora. A crítica de Harry Potter. Sou extremamente fã de Harry Potter. Já li cada livro 4 vezes (menos o último, esse só foram 3 vezes) e já vi inúmeras vezes cada filme. Vi Relíquias da Morte agora pela primeira vez. Já digo que esse post vai ser um pouco mais comprido e detalhado do que meus outros posts. Harry Potter merece uma crítica especial.
Aviso: talvez esse texto contenha alguns spoilers, leia por sua conta e risco.


Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1 (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1, 2010)
Direção: David Yates
Este último filme é um filme maravilhoso. De todos os aspectos possíveis: como filme, como adaptação, como história, quanto à fidelidade. Uma obra de arte a todos os fãs e não-fãs da série.
Na história, Lord Voldemort domina o Ministério da Magia e ameaça a segurança de tudo e todos. Então Harry, Rony e Hermione partem em uma busca solitária para achar e destruir as Horcruxes, objetos que contém pedaços da alma de Voldemort, para então poder destruí-lo.
Difícil resumir a história em um parágrafo, mas está aí. E é preciso ser comentado do ponto em que eles decidiram dividir o filme. Foi perfeito, muito bem acertado. Sem querer entregar nada, foi em um momento tanto triste quanto dramático.
Sobre o filme, fiquei impressionado com a qualidade. Efeitos surpreendentes, como em todos os filmes da série, um roteiro bem bom, os atores cada vez melhores. Tudo o que eles deixaram de lado em filmes anteriores (por não saberem o final da história, na época ainda não escrita por J. K. Rowling) eles conseguiram explicar neste filme.
Ele tem um ritmo diferente dos outros, por ter o tempo de um filme normal da série para contar metade do último livro. Ele detalha melhor a história, não corre com os assuntos e permite as jornadas do grupo, onde eles estão sozinhos, serem mais reais e dramáticas. O filme possui poucas cenas de ação, focando na viagem do grupo, mas quando elas acontecem são sensacionais.
Destaque para Radcliffe fazendo vários de si mesmo e aos caminhos que arrumaram para poder explicar a história de um jeito que quem não lê os livros entenda. E, principalmente, à animação que fizeram para contar a história das Relíquias da Morte. Enquanto Hermione lê a história, essa animação surge, ilustrando-a toda. É uma animação bem original, estilizada e bem feita o suficiente para que todos a entendam. Uma bela adição ao filme, que ficou mais rico com tal recurso. Como fã, não tenho do que reclamar e recomendo: corram agora e assistam.
Claro que algumas coisas, mesmo com o tempo estendido ou a maior fidelidade, tiveram que ficar de fora. Muito por culpa de explicações ou aparições que não existiram nos filmes passados, mas que nada estragam a história no geral. Coisas como não ter Vítor Krum no casamento, sem o plano do vampiro disfarçado de Rony doente. O rádio está sempre presente, mas não se menciona o Observatório Potter.
Em questão de magia, não é introduzido o Tabu, e eles não são descobertos por usarem o nome de Voldemort, mas por voltarem ao mesmo local onde estavam e terem Saqueadores esperando por eles. Nunca foi introduzido também o Feitiço Fidelius, então eles ficam no Largo Grimmauld número 13 sem ninguém perturbá-los, e têm que fugir quando um Comensal se agarra neles na fuga do Ministério. E como eles gostam de quebrar o Estatuto de Sigilo aos Trouxas, levando a Batalha dos 7 Potters para as ruas e no meio do trânsito, e fazendo quase tudo que fazem ao ar livre. Claro que isso é mais cinematográfico, essa é a decisão de se fazer isso.
Cortaram os fugitivos que a turma ouve conversando do lado de fora da barraca e onde sabem de muitas informações e também o quadro do Diretor Black, fonte de informações e que faz a corça patrono chegar até eles. Lupin também não pediu para acompanhar o trio para se ver livre de suas preocupações como pai, algo que eu adoraria ver no cinema.
Achei que David Yates ia se redimir depois de não ter mostrado os Dursley no filme passado, principalmente nesta história em que Duda prova gostar um pouco de Harry e lhe aperta a mão antes de partir, mas os Dursley tiveram uma aparição rapidíssima, arrumando as coisas no carro. Não foi uma boa despedida.
Além do mais, Harry não pega o olho de Olho-Tonto de volta da porta da Umbrigde, muito menos lê alguma parte de As Vidas e Mentiras de Alvo Dumbledore. Espero que ele faça esse último na última parte, para ele poder duvidar se realmente conhecia o diretor. Também não pareceu que Pio Thicknesse estava sobre o controle da Maldição Imperius, e parecia estar contribuindo de boa vontade com Voldemort, virando novo Ministro da Magia. Harry também não se questiona e nem incomoda os outros pelo motivo de sua varinha ter agido sozinho contra Voldemort, apesar de isso ter ficado claro em cena. A história do Pomo de Ouro foi pouco explicada e o caco do espelho de Sirius não foi nada explicado, simplesmente entrando no filme sem ninguém entender. É um objeto tão importante e nenhuma explicação..
Não houve explicação também (isso é mais culpa do filme anterior) de quais são os objetos que foram transformados em Horcruxes. Parece mais que eles terão que adivinhar o que são.
Um dos maiores conflitos morais do livro não é mostrado no filme, a morte de Rabicho. Ele foi morto por sentir remorso. No filme ele é apenas incapacitado. Monstro não dá a sua famosa paulada em Mundundo Fletcher, que, aliás, foi introduzido neste filme. O filme mostrou bem pouco também de Gregorovitch e Grindelwald, assim como cortaram toda a história de Régulo Black, o RAB, e a carta da mãe de Harry no quarto do padrinho.
No livro, há quatro momentos em que se usa a Poção Polissuco. No filme foram diminuídas para duas. Harry é ele mesmo tanto no casamento quanto na sua visita a Godric's Hollow. Claro que o motivo é poder ter os próprios atores demonstrando as emoções ao verem o túmulo dos pais de Harry, e a desculpa usada no filme é: "Eu não viria a esse lugar como outra pessoa". Decisão acertada. Ainda, bela atuação de Daniel Radcliffe ao interpretar o jeito dos outros seis personagens que se disfarçam de Harry Potters.
Porém, não achem que isso são reclamações, são apenas anotações. O filme está fabuloso e, em alguns momentos, eles arrumaram saídas ótimas, como Edwiges morrendo por voltar para defender Harry, e isso sendo o fato que denunciou que ele era o verdadeiro, e não o uso do Expeliarmus, que quem acompanha só pelos filmes não entenderia direito. A cena de dança entre Harry e Hermione é linda e só contribui para o filme, mostrando os dois amigos tentando superar aquele momento difícil em que Rony partiu. E o que dizer da já menciona animação das Relíquias da Morte, totalmente original e bem feita.
Eu, como fã, precisava fazer um relato detalhado desses fatos. Não pense que cada coisa que apontei no texto são falhas, pelo contrário, são apenas coisas que eu gostaria de ver no filme, mas que precisavam ser cortadas, assim como nos filmes anteriores, ou coisas que aplaudi a mudança. No final, é o melhor filme de Harry Potter até o momento. E como a parte final faz parte, no todo, de um mesmo filme, já sei que a parte final do capítulo final será genial. No aguardo, ansioso.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

RED

"Precisamos de mais um filme de ação, mas já existem tantos por aí, vai ser mais um genérico. Já sei, olha essa HQ aqui, nela os personagens são velhos aposentados da CIA. Não é perfeito? Velhinhos em um filme de ação. Isso vai dar certo." Isso deve ter pensado os executivos de Hollywood ao fazer RED. E deu certo.


RED - Aposentados e Perigosos (RED, 2010)
Direção: Robert Schwentke
É um filme bem engraçado e cheio de cenas de ação. Tem vários astros bons de meia idade. Tem bastante coisa que faz você ver o filme.
No filme Bruce Willis faz Frank Moses, um ex-agente da CIA aposentado que gosta da funcionária que cuida de sua aposentadoria, Sarah. Quando alguém tenta matá-lo, Frank e Sarah devem fugir, e ele junta sua equipe dos velhos tempos para cuidar do assunto.
O filme conta com boas cenas de ação, boas cenas de humor, boas atuações. Bruce Willis está se especializando em fazer agentes e policiais velhos. Aqui ele é um ex-agente que ainda consegue fazer muita coisa. Bom como sempre. Ainda temos Morgan Freeman, em mais uma boa atuação.
Meus destaques vão para John Malkovich e Helen Mirren. O primeiro faz um agente pirado, que acredita em algumas teorias da conspiração e traz bastante alívio cômico ao filme. Aliás, seu porquinho de pelúcia deixa as coisas mais engraçadas e se torna uma grande surpresa. Helen Mirren está muito boa no papel de uma agente e... quem não gosta de ver Helen Mirren atirando com uma metralhadora?
Completando o time de personagens temos Mary-Louise Parker fazendo o interesse amoroso de Bruce Willis, Karl Urban como o agente que persegue Frank na história, Brian Cox interpretando um russo e Ernest Borgnine como o zelador dos arquivos da CIA.
Explicando o nome do filme, todos esses agentes aposentados fazem parte do grupo da CIA chamado RED, ou Retired Extremely Dangerous (Aposentados Extremamente Perigosos), e o subtítulo nacional tenta explicar um pouco isso.
Com um elenco estrelado desses, não fica difícil fazer um bom filme. O filme conta com humor em praticamente todos os momentos, sem deixar a ação de lado. Cenas como Bruce Willis saindo de um carro em movimento como se estivesse saindo de um parado, ou uma bala que acerta um míssil e faz ele explodir em pleno ar são apenas alguns exemplos disso. Há uma cena também onde metralham a casa de Bruce Willis e a destroem.
Com todas essas características ditas, me resta recomendar o filme a todos assistirem. É um filme bem divertido que deve agradar a todos.


O Iluminado

Finalmente eu assisti a um filme de Stanley Kubrick. Eu tenho esse defeito de ser um grande fã de cinema e não ter assistido a muitos clássicos. Estou tentando consertar isso, e ver um filme de Kubrick é fundamental.


O Iluminado (The Shining, 1980)
Direção: Stanley Kubrick
Adaptação de um livro de Stephen King. Assim como tudo parece ser adaptação de um dos livros dele. Feita por um grande diretor. Um filme muito bom.
No filme, Jack Nicholson é Jack Torrance, um homem que se muda com a família e vai trabalhar em um hotel como zelador de inverno. Por causa da solidão e por visões dos fantasmas do hotel, ele vai ficando cada vez mais louco.
O filme é conduzido de maneira brilhante. Cheio de letreiros para mostrar a passagem de tempo, ele acompanha a vida das três pessoas sozinhas durante bastante tempo. A trilha sonora combina bem com toda a ambientação, subindo e descendo a cada problema ou a cada suspense.
O filme tem todo seu suspense feito de maneira simples, e usa bastante a grande atuação de seus atores para conseguir o melhor resultado. São cenas de aparições, visões e muito mais, como o barman, a mulher da banheira, as gêmeas filhas do zelador anterior.
O Iluminado do título vem do poder do garoto, filho de Jack, que pode ver as coisas que aconteceram no passado, visões e conversa com alguém que não se vê.
Jack Nicholson é um ótimo ator. Vê-lo indo de um simpático pai de família até um louco alucinado é maravilhoso. Ele compõe seu personagem de um jeito fantástico. E no final ainda tem uma das frases mais famosas do cinema, após ele quebrar uma porta com um machado: "Here's Johnny!"
O filme é bem dirigido, bem escrito, bem atuado e bem bom. Definitivamente um filme para ser visto, mesmo para quem não gosta muito do estilo. Eu sou assim e gostei.


sábado, 4 de dezembro de 2010

Sin City

Robert Rodriguez adaptando uma história em quadrinhos de Frank Miller com a ajuda dele na direção. Um filme todo digital, quase todo preto e branco e muito bem falado por muita gente. Só pode ser a cidade do pecado.


Sin City - A Cidade do Pecado (Sin City, 2005)
Direção: Robert Rodriguez e Frank Miller
Diretor convidado: Quentin Tarantino
Sin City começa com uma cena que transmite muito bem o clima do filme: narração em off, o clima noir, o filme em preto e branco, mas com o detalhe do vestido vermelho da mulher, uma pitada de amor e, de repente, morte. É uma história isolada das demais que parece dizer como será o filme daqui em diante.
No filme somos apresentados a três histórias, que não tem muita ligação uma com as outras, a não ser alguns dos personagens principais de umas aparecendo como coadjuvantes em outras.
A primeira história é dividida em duas partes. A primeira no começo do filme e a segunda ao fim. Ela conta a história de Hartigan, policial interpretado por Bruce Willis, que faz de tudo para salvar uma pequena garotinha do pedófilo estuprador interpretado por Nick Stahl. Ele desfigura o cara e quase morre. De repente o homem está com aparência de demônio e amarelo, e a menininha cresceu e virou a Jessica Alba. Destaque para Bruce Willis assumindo sua idade, fazendo um policial decadente.
Na segunda história, Mickey Rourke interpreta Marv, um brutamonte que ganha o carinho de uma prostituta, que acaba sendo assassinada, e Marv jura vingança. Sua busca o leva até um canibal interpretado por Elijah Wood. Sim, um canibal. E o quanto Marv apanha não está escrito.
A terceira história gira em torno do personagem de Clive Owen, Dwight, que persegue o rude Jackie Boy (Benicio Del Toro) e o mata. Isso gera conflito entre a polícia e as prostitutas, que sempre tiveram o controle e usavam a força para comandar o Centro Velho. Essa parte que contem a única cena dirigida por Quentin Tarantino: é a cena em que Dwight e Jackie Boy, morto, estão em um carro. Muito boa, por sinal. O personagem de Clive Owen parece um ensaio para o que viria a ser seu personagem Sr. Smith no sensacional Mandando Bala, em minha opinião.
Um filme bastante bom, com uma estética original, um modo diferente de contar histórias, regado a violência, com personagens principais épicos e bom divertimento. De fato, é um filme interessante.

sábado, 27 de novembro de 2010

Um Parto de Viagem

Road movie + Robert Downey Jr. + Zach Galifianakis + Todd Phillips, o mesmo diretor de Se Beber, Não Case. Preciso dizer mais alguma coisa? A matemática não mente, o resultado é mais um ótimo filme.




Um Parto de Viagem (Due Date, 2010)
Direção: Todd Phillips
Mais uma tradução estranha para um filme de Todd Phillips, mas também bem engraçada. Não consigo imaginar alguém que use a expressão "um parto", mas faz rir e combina com o filme.
No filme, Peter, interpretado por Downey Jr., precisa chegar a tempo para o nascimento de seu filho, mas no avião ele encontra o personagem de Galifianakis, Ethan, que faz com que ele não consiga mais voar. Então os dois partem em uma viagem de carro até Los Angeles.
Ou seja, um road movie. Daqueles em que pessoas viajam de um canto a outro e coisas estranhas acontecem no caminho. O diretor usou um tema simples para fazer uma grande comédia.
É um filme excelente, com ritmo e que faz você rir em vários momentos. O sucesso do diretor em comédias continua. E os atores só ajudam ainda mais a tornar o filme um sucesso.
Robert Downey Jr. é um grande ator cômico, como visto em seus últimos papéis nas franquias Homem de Ferro e Sherlock Holmes, e Zach Galifianakis despontou justamente no filme anterior de Todd Phillips, o maravilhoso Se Beber, Não Case. Além disso, o filme tem ótimas pontas de Jamie Foxx, Danny McBride, Michelle Monaghan, Juliette Lewis e RZA.
Sem querer fazer comparações entre os últimos filmes do diretor, para mim os dois têm o mesmo nível. Os dois são muito divertidos e criam situações absurdas demais que fazem você querer rir incontroladamente.
Destaque, mais uma vez, para Zach, que cria mais um personagem bobo, infantil e que parece sempre chapado. Aliás, nesse filme o personagem dele, de fato, usa erva. O cachorro dele também é bem engraçado. E Downey Jr. arrebenta em mais uma atuação cômica, afinal, ele já recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante interpretando um personagem extremamente caricaturesco, um ator branco que muda de cor para interpretar um negro, em Trovão Tropical.
Quer rir, assista ao filme. Situações inesperadas durante uma viagem te esperam no caminho. Garanto que você vá gostar.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

Que filme! Preciso começar o post com essas palavras. Isso é para quem estava desconfiado que um segundo filme de Tropa de Elite não conseguiria superar o original. Consegue com louvor!
E, aliás, é a primeira crítica de filme nacional aqui. Viva.


Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro (2010)
Direção: José Padilha
Eu acho maravilhoso quando os envolvidos em um projeto de continuação de um filme de sucesso não visam apenas o lucro, não querer apenas garantir mais dinheiro com um produto e uma fórmula que agradou a todos. Adoro quando, para se fazer a continuação, é concebida uma ideia tão boa quanto a primeira, que colabora com a história e os personagens, desenvolvendo a narrativa. José Padilha e Bráulio Mantovani, o primeiro, diretor, e os dois, roteiristas, conseguem isso com Tropa de Elite 2.
No filme, que se passa 14 anos depois do original, Nascimento, agora Tenente-Coronel do BOPE, consegue chegar a um posto na Secretaria de Defesa do Rio de Janeiro, onde arma um esquema tão forte que elimina o tráfico de drogas nas favelas. Os policiais corruptos não veem mais onde conseguir dinheiro fácil e criam novos métodos, criando assim as milícias. Em época de eleição, os políticos mantêm as milícias, pois aumenta a popularidade com o povo, que vê as favelas sem drogas e a polícia "agindo".
Depois de uma sinopse tão longa para os meus padrões, devo dizer que o filme não se resume a isso. Há muito mais por trás de toda a história. Há a relação de Nascimento com seu filho, com sua ex-esposa, casada agora com a pessoa que ele menos gosta, o ativista dos Direitos Humanos Diogo Fraga, com seu ex-aprendiz Mathias. Tudo isso amarrado em um roteiro bem coeso e bem inteligente.
As atuações são geniais: Wagner Moura é um ator fantástico, carrega toda a tensão do personagem. O filme ainda conta com André Ramiro, Milhem Cortaz, Irandhir Santos, Tainá Müller, Seu Jorge e várias outros, todos com atuações memoráveis.
Memoráveis também são algumas das frases do filme que, intencionalmente ou não, ficam gravadas na cabeça, assim como no primeiro filme. Destaque para "Quer me fuder, me beija!" e "Cada cachorro que lamba sua caceta!".
O filme é extremamente corajoso em trazer o problema para os dias de hoje e apontar o dedo, sem medo ou dó, na cara dos políticos. O filme claramente garante que eles podem ir bem longe para conseguir o voto do eleitor.
Com direção, roteiro, atuação e cenas de ação maravilhosas, o filme é um dos melhores filmes nacionais de todos os tempos. Ele mostra todo o drama de um personagem que dedicou a vida a proteger pessoas e que vê seus atos dando errado. E ainda te faz refletir bastante em como as coisas estão acontecendo à nossa volta. Desde já ele entra na lista dos melhores do ano.
Assistir esse filme é obrigatório na vida de qualquer pessoa. Assim como comecei o post, eu preciso terminá-lo com as mesmas palavras. Que filme!


sábado, 6 de novembro de 2010

Zumbilândia

Você quer zumbis? Você quer diversão? Você quer os dois juntos? Chegou Zumbilândia, o filme de terror cômico mais engraçado dos últimos tempos. Adquira já esse maravilhoso filme e garanta sua felicidade.


Zumbilândia (Zombieland, 2009)
Direção: Ruben Fleischer
Assim como Sherlock Holmes, Zumbilândia passou aqui no Brasil em 2010, mas é um filme, originalmente, de 2009, o que me impede de incluí-lo na lista dos possíveis candidatos dos melhores de 2010 (e a de 2009 já foi feita).
No filme, uma infecção zumbi toma conta de toda a nação e os sobreviventes tentam achar um lugar seguro enquanto vão matando todos os zumbis que veem pela frente.
A premissa é bem simples, mas o desenvolvimento e as situações são das melhores. A começar que nenhum dos personagens têm nome, são todos chamados pelos nomes das cidades em que pretendem chegar ou vieram. Assim temos Columbus, o jovem desajustado que consegue sobreviver seguindo regras que ele mesmo inventou; Tallahassee, o cara durão e amante de bolinhos; Wichita, a garota durona e esperta; e Little Rock, a irmã caçula de Wichita e igualmente malandra.
As regras criadas e auto-impostas de Columbus são uma bela adição ao filme. Elas aparecem sempre que ele cita ou utiliza umas delas, e aparece um letreiro na tela sobre a regra exposta, que interage com o filme. Isso é sensacional. Por exemplo: a regra número um é "manter o coração bom", para conseguir fugir dos zumbis, a segunda é "golpe duplo", para sempre garantir que o zumbi esteja realmente morto, e por aí vai.
O filme pega um tema típico de terror e o transforma em uma comédia. Os personagens são engraçados, as situações também, e várias mortes de zumbis são demais. O temperamento durão e agressivo de Tallahassee sempre faz rir, assim como sua obsessão por achar bolinhos, e o jeito medroso de Columbus diverte bastante. Momentos como o primeiro contato de Columbus com os zumbis, um golpe aplicado pelas garotas e a "Morte de Zumbi da Semana" só deixam o filme mais engraçado.
O filme tem mortes, tanto humanas quanto de zumbis, muito boas, e a maquiagem dos zumbis é bem feita e totalmente nojenta. Tudo feito para a comédia prevalescer.
E chego agora na parte da participação especial. O filme conta com Bill Murray interpretando... ele mesmo! E ele faz isso maravilhosamente, tirando sarro de si mesmo, fazendo piadas com seus filmes antigos. Em uma cena ele brinca de Caça-Fantasmas com Tallahassee e, em outra, perguntam se ele se arrepende de algo na vida, e ele responde: "Garfield" (ele dublou o Garfield no original). Demais! É uma participação que acrescenta muito ao filme e só torna ele um dos melhores do ano.
Depois de tudo isso, criei algumas regras também. Regra número um: assistir Zumbilândia. Regra número dois: rir e adorar o filme. Fáceis de seguir.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Fogo Contra Fogo

Estão aqui os dois atores de que eu mais gosto. E juntos no mesmo filme! Robert DeNiro e Al Pacino contracenam juntos pela segunda vez desde O Poderoso Chefão 2. Primeira vez, se você considerar que os personagens deles eram de linhas temporais diferentes e nunca se encontraram.


Fogo Contra Fogo (Heat, 1995)
Direção: Michael Mann
Um grande filme, com grandes atores, grande história e desenvolvimento de personagens.
Na trama, DeNiro é Neil McCauley, um ladrão de sucesso, e Pacino é o tenente Vincent Hanna, um policial de sucesso. Hanna persegue McCauley enquanto esse tenta realizar seu último golpe.
A sinopse aqui em cima pode parecer bem simples e curta, mas não representa todo o filme. O filme tem bastante desenvolvimento de história e de personagens.
Tanto Vincent quanto Neil são homens semelhantes, vivendo cada um de um dos lados da lei. Vincent é um homem solitário que enfrenta problemas no seu terceiro casamento devido a sua profissão, e Neil é um homem do crime, solitário também, cujo lema é "não se envolver com nada que não se possa largar em 30 segundos se algo der errado".
Assim, os dois vão realizando seus trabalhos, exercitando suas mentes, enquanto tentam consertar suas vidas pessoais, tentando superar a solidão causada pelos seus respectivos trabalhos. Neil conhece uma jovem em um bar e tenta manter um relacionamento com ela, enquanto Vincent luta para manter seu relacionamento e ajudar sua afilhada enquanto persegue os bandidos.
Apesar de juntar os dois em um só filme, DeNiro e Pacino pouco contracenam juntos. Mas as cenas em que dividem a tela são muito boas, como a conversa que os dois têm em um restaurante, onde percebam que são parecidos.
O filme conta com muito mais personagens bons e que ajudam a história, interpretados por atores como Val Kilmer, Jon Voight, Tom Sizemore, Ted Levine, Natalie Portman, Hank Azaria, Danny Trejo e muitos outros, todos atuando muito bem.
É um filme que une elementos policiais, de ação, de drama, de assalto e, enfim, une os dois maiores atores da atualidade, em um roteiro bem escrito, em um filme bem dirigido, bem encenado e bem recomendado por mim. Assistam.


sábado, 23 de outubro de 2010

O Livro de Eli

Da última vez escrevi sobre dois filmes praticamente ao mesmo tempo, então ninguém reclame da folga que tive. Este próximo filme é um que eu deveria ter visto no cinema, mas como não é possível ver todos no cinema, fui vê-lo só por esses dias. Até que fui rápido.


O Livro de Eli (The Book of Eli, 2010)
Direção: Albert e Allen Hughes
Este filme é feito, em parte, para um público mais seleto. Porque, afinal, além de ser um filme pós-apocalíptico, é um filme bíblico. Eu penso que para gostar ou apreciar este filme você tem que concordar com a mensagem que ele está querendo te passar. É um filme essencialmente Cristão.
No filme, Denzel Washington interpreta Eli, um sobrevivente do mundo depois de um evento que deixou ele dizimado. Ele luta bravamente para proteger um livro que contem o segredo para salvar a humanidade.
Sou uma das pessoas que gostou bastante do filme, e gostei também da mensagem dele. O Livro de Eli, na verdade, é uma Bíblia Sagrada. Isso não é spoiler, pois logo no começo do filme já há indícios disso, que é revelado antes da metade do filme. Eli luta para proteger a última existente e levá-la "ao oeste", como ele mesmo diz.
Eli parece ser protegido por algum tipo de força sobrenatural, luta muito bem, quase nunca se fere, e possui sentidos mais apurados que os outros.
Gary Oldman interpreta o "prefeito" de uma cidadela improvisada, onde ele manda nos cidadãos e controla os bens e os recursos, como a água, um dos mais importantes naquele mundo destruído. Ele procura o livro para usar o poder dele, que ele diz que fará multidões servirem a ele, assim como já fez antigamente, e ele poderá ser o dono de muito mais cidadelas.
O filme tem apenas duas músicas na sua trilha sonora, e são músicas muito boas: How Can You Mend a Broken Heart, que Eli ouve em um iPod velho que ele tem, e Ring My Bell, ouvida de um disco em um gramofone a manivela na casa de uns velhinhos.
O filme tem uma fotografia bem bonita também. Sempre em um tom escuro, com o Sol incidindo incessantemente sobre a Terra, em uma mistura muito boa de claro com escuro. Isso, e mais uma passagem do filme, indica que houve algum tipo de guerra, onde a camada de ozônio foi danificada demais e os raios solares danificaram a Terra e a vida aqui presente. Além de carregar uma mensagem, o filme carrega um aviso.
E, com boas sequências de ação, tiros e lutas, o filme é bom e vale a pena ser visto. Isto, claro, para quem acredita. Para os outros o filme não deve fazer sentido, e provavelmente não gostarão dele. Eu gostei.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Minha Filha Quer Casar

Pode parecer um desabafo pessoal, mas esse é o nome de um filme de comédia com Sylvester Stallone. Não tinha conhecimento sobre ele, e agora eu sei que ele foi lançado logo após Rocky V e Pare, Senão Mamãe Atira!. E é engraçado.


Minha Filha Quer Casar (Oscar, 1991)
Direção: John Landis
Temos aqui um grande ator de filmes de ação que resolveu fazer uma comédia. Vemos isso todos os dias, é algo até que comum em Hollywood. E é bom quando elas saem boas.
No filme, a partir de uma informação errada, muitos enganos ocorrem na manhã do dia em que o mafioso "Snaps" Provolone iria deixar de ser mafioso. E por aí o filme vai.
Gosto bastante desse tipo de filme, seja comédia ou não, em que uma informação errada gera uma cadeia de confusões. O contador do Sr. Provolone pede a mão de sua filha em casamento, e pede um aumento, e diz que vinha roubando ele. Então se descobre que a mulher com quem ele quer se casar não é filha do mafioso, ela mentiu sobre isso. E isso é só o comecinho do filme.
A partir daí é uma bagunça atrás da outra, que sobra para todos os moradores da casa e todos os visitantes, como os irmãos alfaiates, o padre e muito mais.
Sylvester Stallone faz bem o papel do mafioso estourado que tenta deixar de ser criminoso, Angelo "Snaps" Provolone. E o sobrenome dele denuncia que isso é uma comédia tanto quanto os capangas burros dele.
E um fato sobre o diretor: para quem não o conhece, basta dizer que ele é responsável por grandes comédias como The Kentucky Fried Movie, O Clube dos Cafajestes, Os Irmãos Cara de Pau, Um Lobisomem Americano em Paris, Trocando as Bolas e Um Tira da Pesada 3, além de trabalhar fazendo vários vídeos para Michael Jackson, como videoclipe de Black and White e o ex-clipe, elevado a categoria de curta-metragem, Thriller.
Um filme muito bom, bem engraçado, onde uma rede de confusões do roteiro inteligente faz o filme ir para situações cada vez piores. Cada vez que as coisas piorarem, você vai ter um motivo para rir.

domingo, 10 de outubro de 2010

Gente Grande

Faz um tempo que já não escrevo sobre filmes aqui. O mesmo tempo em que não ia ao cinema. Aí eu vi que era muito tempo e decidi ir. E eu retorno com um post de filme, que, aliás, é o número 40. E é um filme do Adam Sandler. E uma coisa não tem a ver com a outra.


Gente Grande (Grown Ups, 2010)
Direção: Dennis Dugan
Essa é uma típica comédia do Adam Sandler. E, com ele, as coisas funcionam assim: ame ou odeie.
Eu sou uma das pessoas que gostam das comédias do Adam Sandler, por mais bobas ou sem conteúdo que elas possam ser. São ótimas para se assistir quando você quer apenas rir, melhor ainda para rir com os amigos.
No filme, muitos anos depois de vencerem uma partida de basquete quando eram pequenos, os 5 amigos de infância se reúnem novamente depois que o treinador morre. E está armado o palco para confusões.
O filme basicamente é isso. Os 5 amigos se reúnem e trazem junto suas esposas e filhos para a casa do lago onde foi a comemoração da vitória anos atrás. E então vão acontecendo as coisas mais absurdas possíveis.
Um ponto bastante bom do filme é a interação entre os personagens e as piadas uns sobre os outros. Na vida real, todos os atores são amigos, o que ajuda na fluidez dos diálogos entre eles e a naturalidade com que tiram sarro uns dos outros. Adam Sandler, Kevin James, Chris Rock, Rob Schneider e David Spade fazem muito bem os papeis de amigos de infância que não cresceram totalmente ainda.
De resto, sobra todas as outras situações improváveis que garantem a graça do filme, como jogar roleta russa com um arco e flecha, o personagem de Schneider ser esquisito e casado com uma mulher mais velha, o filho de 4 anos de Kevin James que ainda mama no peito, e muito mais.
Ajuda bastante o fato do diretor e ator serem amigos também. Essa já é a quinta vez que Sandler e Dennis Dugan trabalham juntos. A parceria começou com Um Maluco no Golfe e continuou em O Paizão, Eu os Declaro Marido e... Larry e Zohan - O Agente Bom de Corte.
Não é a comédia do ano, não é um filme que vai mudar a sua vida. Mas se você quer dar algumas risadas durante quase duas horas, é uma grande recomendação. Isso, claro, se você não for uma das pessoas que odeiam as comédias de Adam Sandler.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

The Impossible Quiz

Estou há bastante tempo sem postar uma palavra sequer aqui. Até porque eu não iria gastar um post com uma palavra só.
Foram tempos complicados e tive que me afastar, mas manterei o ritmo de agora em diante.

Esse post tem a finalidade de apresentar o quiz mais maluco, mais doido, mais sem noção, mais esquisito que existe na rede mundial de computadores, conhecida também como World Wide Web ou pela sigla WWW (um pouco de cultura para você!).

The Impossible Quiz!

De acordo com o site Not Doppler, onde ele está disponível, esse criativo quiz foi criado por um tal de Splapp-me-do. Seja lá quem ou o quê for isso.
De acordo com a descrição, traduzida livremente por mim mesmo: "O quiz que é quase impossível. Algumas das respostas podem não fazer sentido para você, mas eu tenho certeza que elas farão sentido para alguém por aí!"

Uma pausa agora para o aviso. O quiz é totalmente em inglês, e como contém vários trocadilhos e expressões em inglês, recomenda-se um bom nível de entendimento da nobre língua bretã para apreciá-lo em sua totalidade.

O quiz é realmente um desafio inquestionável. Uma das poucas questões que fazem sentido é a primeira, que é direta e fácil de ser respondida. O resto é uma mistura de questões com pegadinha, ou que exigem muito raciocínio, ou que devem ser respondidas mesmo no chute, pois não há sentido nenhum nela.
O quiz ainda traz algumas perguntas que dependem da habilidade com o mouse, como achar algo em um ambiente escuro, e questões com tempo, que dependem de interpretação e pensamento rápido e agilidade.

O jogo possui mais de 100 questões, malucas, como já dito. Você possui três vidas, e perde uma a cada erro. Em determinados momentos do jogo você ganha "pulos", que funcionam em quase todas as perguntas.
Um dos grandes desafios do jogo é no momento que você perde todas as vidas. O quiz volta do começo. Ou seja, não importa onde você estava, errou e perdeu todas as vidas, volta lá pro comecinho. A diferença é que você já sabe as respostas, mas é extremamente cansativo trilhar o caminho todo novamente.

No momento em que escrevo esse post, estou na questão 76, fruto de muito tempo de jogo e nenhuma consulta, só usando mesmo minha cabeça.
Se acha que tem capacidade, ou se quer só conferir mesmo, tente jogar, e coloque aí nos comentários até onde você chega, e se conseguiu me passar.

sábado, 18 de setembro de 2010

60 anos de TV!

Hoje é aniversário de uma das maiores personagens da história. Depois dela, o mundo não foi mais o mesmo. Ela veio para mudar as noções básicas de diversão, entretenimento e informação.
É claro que falo da televisão. Ou, mais especificamente, do surgimento da TV no Brasil.
Em 18 de setembro de 1950 foi transmitido o primeiro programa de televisão do país, na extinta TV Tupi, fundada por Assis Chateaubriand.

Mas vamos cortar toda a história, ouço isso praticamente todo dia. Esse post está sendo escrito por dois motivos:
1 - para preencher essa grande lacuna nas minhas postagens (afinal, já faz 12 dias que não escrevo aqui).
2 - como um bom futuro radialista, não deixarei de comemorar os 60 anos do veículo de comunicação onde pretendo exercer minhas funções futuras.
[E não me venha com gracinhas dizendo que radialista trabalha com rádio. Meu curso de graduação é Radialismo, também conhecido como Rádio e TV. É que a palavra radiotevelista não existe.]

E para colocar um pouco mais de informação e conteúdo nesse post, assistam ao vídeo das primeiras vinhetas da TV brasileira, as da TV Tupi, da TV Excelsior e da TV Record.



Então, parabéns à televisão, que está fazendo os seus 60 anos aqui no Brasil. Agora ela já paga meia entrada e pode entrar na fila preferencial.

E rumo ao centenário. Afinal, 2050 é logo ali!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Encurralados

Escrevendo sobre um filme que não está em cartaz nos cinemas. Ou seja, assisti a um filme em casa, coisa que acontece com menos frequência do que as idas ao cinema. O escolhido foi um filme de 2007 estrelado por Pierce Brosnan e Gerard Butler, na época do sucesso de 300.


Encurralados (The Butterfly / Butterfly on a Wheel, 2007)
Direção: Mike Barker
Parece um outro filme que eu vi. Aliás, parece muitos outros filmes. Mas mesmo assim é eficiente e um bom filme. Ele te mantém atento até o fim, esperando para saber o que aconteceu.
No filme, Pierce Brosnan mantém a filha do casal interpretado por Gerard Butler e Maria Bello sequestrada por uma ajudante disfarçada de babá. Enquanto isso, o casal tem que fazer tudo o que o bandido quer, senão a filha deles morre.
Sinopse básica de qualquer filme de sequestro. O que interessa mais é ver quais as condições do bandido, seu plano, seus motivos. Ou seja, tudo o que você não sabe. Você vai assistir ao casal fazendo de tudo para salvar a vida da filha sem nem ao menos saber o porquê o vilão quer que eles façam tudo isso. E esse "tudo" inclui coisas como perder todo o dinheiro, arruinar a carreira de sucesso e muito mais.
Esperando descobrir, você vai ver o casal chegando ao seu limite e a maldade toda do vilão. E nesse filme, tudo isso te mantém interessado, você se surpreende e espera o final.
E o final foi realmente surpreendente e satisfatório. Um final bem interessante para toda a trama do filme. Sem estragar nada, foi algo que eu não esperava.
O filme parece igual aos outros do mesmo gênero, e, pensando bem, é mesmo. Mas ele é bem feito e bom o suficiente. Gostei. Recomendo.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dia do Blog

Pois então... por uma tremenda coincidência fui descobrir que hoje é o Dia do Blog. Antes de #BlogDay aparecer nos Trending Topics no Twitter, diga-se de passagem.
Sim, hoje é dia desta singela ferramenta de comunicação, a qual você, neste momento, está lendo (e, espero, continuará lendo).

Vamos descobrir um pouco mais sobre este assunto com a nossa amiga Wikipédia.

De acordo com a explicação apresentada no artigo em questão, blogueiros devem, neste dia, indicar blogs que consideram interessantes. Portanto, aqui está a minha contribuição a este dia:

Muvuca nossa de cada dia! (do amigo @glau_coelho)
fabiotbworld (do amigo @fabiotb)
ЯΘΘΘTZ (da amiga @ana_boin)
Escrevo mas não descrevo (da amiga @GiiihV)
Nossa M.E.T.A. (meu e da @AdrianaAAR, e que no momento está um pouco abandonado, mas pretendo arranjar tempo para fazê-lo voltar à ativa)
Cinema e Eu (de um tal de @LucianoCarneiru)

E claro, indico este próprio blog. Porque vai que você só entrou aqui para ler este post... por favor, este é um site supimpa, continue sintonizado por aqui. Gradecido.

sábado, 21 de agosto de 2010

Os Mercenários

Uma grande homenagem aos filmes de ação dos anos 80, completo com os astros e a mentalidade da época. Stallone nostálgico mandando muito bem, e reunindo uma grande equipe. E, ainda, filmado aqui no Brasil, no Rio de Janeiro, com a brasileira Giselle Itié. E para finalizar, uma piada por parte do Stallone que eu fui um dos poucos brasileiros a achar graça.


Os Mercenários (The Expandables, 2010)
Direção: Sylvester Stallone
O que faz alguém com saudades dos filmes de ação dos anos 80, época em que viveu e participou desses filmes? Roteiriza, produz, dirige e ainda atua em uma homenagem a esses filmes. E ainda chama um verdadeiro batalhão de atores de ação, de antigamente e atuais, para atirar e explodir tudo no filme. Basta olhar para o elenco dos sonhos no pôster do filme aqui do lado.
No filme, o grupo de mercenários de Stallone é contratado para derrubar um ditador de uma ilha. Lá eles conhecem a líder da resistência e procuram executar o plano. Simples assim.
Bem, sendo uma homenagem aos filmes oitentistas, temos tudo o que precisamos aqui: uma história simples, que faz toda a matança ter um sentido, vários personagens habilidosos e maiores que armários, armas muito potentes, muitas explosões e lutas corpo a corpo. E tudo isso junto, confesso, ficou muito bom.
Uma das cenas mais legais de se ver é a que junta os três maiores astros de ação dos anos 80 em uma só cena (e a única em que esses convidados aparecem). Bruce Willis é o personagem que passa a missão para Stallone, e Arnold Schwarzenegger é a outra pessoa que poderia pegar o trabalho, mas não aceita. Nessa cena, há menções muito engraçadas às carreiras dos atores, inclusive a carreira política de Arnold.
A ação do filme é surpreendente. Temos Sylvester Stallone dando tiros sem parar, Jason Statham atirando e lutando com facas maravilhosamente, Jet Li rápido por ser baixo, Randy Couture e Steve Austin lutando muito bem, Terry Crews e sua arma poderosíssima e Dolph Lundgren assustando crianças com seu tamanho e raiva. Para Mickey Rourke coube um papel menor, sem entrar em ação, mas que ele desempenha muito bem, dando vida a um personagem secundário. E Giselle Itié desempenha bem o papel da líder de revolução e paixão do personagem principal.
E falando em ação, além do filme ser carregado de tiroteios e esfaqueações e lutas corporais, tudo isso é mostrado bem realisticamente, com bastante sangue e partes corporais voando pela tela e vários ossos sendo quebrados. O filme arrepia a cada cena de ação, com cabeças quebrando ou braços sendo cortados. Além de mais explosões que queima de fogos de artifício e uma contagem de corpos gigante.
Se você quer se divertir com um filme que foca bastante na ação, tem cenas de luta e tiroteio muito bem coreografadas e bastantes piadas entre os membros da equipe, vá assistir a Os Mercenários. Qualidade é o que não falta.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Meu Malvado Favorito

É a época de ouro das animações. Há várias lotando os cinemas do mundo inteiro. E temos aqui a estreia da Illumination Entertainment, para competir com Pixar, DreamWorks, Blue Sky e muitas outras. E começa muito bem.


Meu Malvado Favorito (Despicable Me, 2010)
Direção: Pierre Coffin e Chris Renaud
Estreia da Illumination Entertainment nas animações. E uma bela estreia, diga-se de passagem. Meu Malvado Favorito é um filme muito divertido.
Gru, o maior vilão do mundo, é passado para trás quando Vetor, um novo vilão, rouba uma das pirâmides do Egito. Então ele decide roubar a lua para superar a concorrência e, para isso, precisa adotar três crianças.
Um filme sobre vilões é sempre interessante. Seja um vilão mais real ou um caricato. E este é bem caricato, garantindo boas risadas. Uma coisa legal sobre o filme é que não há os "heróis", tudo acontece normalmente sem ninguém tentando combatê-los.
Você sabe o que vai acontecer com o malvado e aquelas crianças, mas o filme vale mesmo é por todas as cenas de comédia, que são bastante abundantes e engraçadas. Tem coisas como o Banco do Mal, armas bizarras de todos os tipos, incluindo aí uma divertida arma de lula, os flashbacks da infância de Gru e muito mais.
Mas o grande destaque são os minions, os milhares de ajudantes amarelos e baixinhos de Gru. Eles rendem as melhores piadas, com seu jeito divertido, vozes finas e inteligência baixa. Sempre que há um minion em cena, prepare-se para rir.
Gru foi dublado pelo gênio Steve Carrell no original, mas aqui no Brasil coube ao comediante Leandro Hassum fazer o serviço. Ficou bom, mas poderia ter ficado melhor, ainda mais que Gru possui um sotaque bem forte. O seu companheiro Marcius Melhem dublou o Vetor por aqui, e também fez um bom serviço.
Definitivamente, um filme muito divertido com vários momentos hilários, e uma bela estreia do estúdio. Se mantiver a qualidade nos seus próximos filmes, vamos ter ótimos filmes e uma concorrência maior.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A Origem

O filme que foi considerado o melhor de 2010 e um dos melhores de todos os tempos, sendo que, no momento em que escrevo este texto, ele está em terceiro lugar no Top 250 do IMDb (que conta com o voto das pessoas no site), acima até de O Poderoso Chefão 2. Escrito e dirigido pela mesma pessoa que fez os geniais Batman Begins, O Grande Truque e Batman - O Cavaleiro das Trevas.


A Origem (Inception, 2010)
Direção: Christopher Nolan
Se eu tivesse que resumir o filme em uma palavra, seria inteligentíssimo. O filme cria conceitos e teorias para o mundo dos sonhos de um jeito impecável, tudo no filme é planejado nos mínimos detalhes, seguindo essas regras criadas. Não é um filme para você ver para passar o tempo, ou sonolento, ou pensando em voltar para casa para tirar a roupa do varal porque vai chover. É um filme que vai precisar de toda a sua atenção e vai contar com toda sua inteligência, porque os personagens vão explicar como tudo funciona e, logo em seguida, colocar tudo em prática.
No filme, Leonardo DiCaprio interpreta Cobb, um especialista em roubar ideias e informações através dos sonhos. Então lhe é oferecido um trabalho que nunca havia sido feito antes: implantar uma ideia em alguém (fazer uma Inserção, ou Inception, em inglês).
O filme estabelece o mundo dos sonhos e as regras dentro dele maravilhosamente. Se você morre dentro de um sonho, você acorda. Fatores externos são incorporados de algum jeito no sonho, como, por exemplo, ao entrar no sonho de Yusuf quando ele está com a bexiga cheia, está chovendo em seu sonho. Estas são apenas algumas das várias regras que cercam todas as ações do grupo de Cobb.
O filme também não mostra os sonhos tão absurdos quanto eles costumam ser, mas isso é explicado pelo fato de haver uma arquiteta para projetá-los. Afinal, ao invadir a mente de alguém, o trabalho se torna mais simples se você conhecer o que vai enfrentar.
O filme não para em nenhum momento para te explicar tudo o que eles estão fazendo. O que sabemos é o que Cobb vai explicando a Ariadne, a nova arquiteta contratada por ele. Mas, a partir daí, somos deixados a entender todo o processo praticamente sozinhos. E existem sonhos dentro de sonhos, dentro de outro sonho, e por isso você deve estar totalmente focado no filme para não se perder nessas horas. E tudo é perfeitamente sincronizado, cada sonho, cada ação, cada etapa do processo de inserção da ideia no alvo.
E ainda tem toda a história de Cobb com sua falecida mulher, que sempre está nos seus sonhos e é algo que realmente atrapalha as missões, além de ser uma história não resolvida maravilhosa. Se eu tentar mencionar alguma coisa do Limbo, o espaço de sonhos não construídos, o texto vai ficar complicado demais, então se prepare para o filme.
A Origem é, sim, um dos melhores filmes do ano e também um dos melhores de todos os tempos. Tem um roteiro maravilhoso, cheio de detalhes e, como eu já disse, inteligentíssimo. Além da direção e edição impecável e atuações incríveis. Para quem achava que não havia mais criatividade em Hollywood, basta ver este filme. Não deixe de vê-lo de jeito nenhum.


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

It's Just Some Random Post

Neste post eu vou dar uma indicação. Um dos maiores talentos que existem hoje em dia em vídeos cômicos para o YouTube. Dono de ideias muito engraçadas, paródias e, pelo menos, umas 50 vozes diferentes de personagens.
É o canal de ItsJustSomeRandomGuy!

E por trás desse nickname está Michael Agrusso, que faz os vídeos com a ajuda de sua namorada Brinna Li. Os vídeos são sátiras aos super-heróis e ao seu universo, feito com bonecos de super-heróis e com as vozes de Agrusso.

Seus primeiros vídeos satirizavam os comerciais Get a Mac da Macintosh ("Hi, I'm a Mac...and I'm a PC") com o Homem-Aranha e o Superman representando cada um sua editora e debatendo seus filmes. Assista ao Hi, I'm a Marvel...and I'm a DC (em english).



Este é o primeiro vídeo que ele colocou no ar, em março de 2007. Tive muita sorte de ver o primeiro vídeo na época, nos destaques do YouTube, e acompanhar enquanto este gênio crescia e melhorava. De lá para cá, ele melhorou seus vídeos, suas piadas, criou o Bar dos Heróis (Stan's Place no futuro, referência a Stan Lee), apresentou diversos personagens, fez duas temporadas completas (After Hours e Happy Hour) com uma linha narrativa surpreendente, está atualmente na terceira temporada (Zero Hour) e chegou há pouco tempo no seu centésimo vídeo.

Eu aconselho que os vídeos dele sejam assistidos na ordem, do primeiro ao último, pois alguns vídeos fazem ligações com outros e há várias referências espalhadas. Todos os vídeos são em inglês, então é necessário que você tenha um bom domínio da nobre língua bretã para entendê-los.

Além de um ótimo "diretor e roteirista", a comparação que ele fez de si mesmo, ele é um ótimo voice actor (ou ator de vozes, como preferir). Todas as vozes de personagens masculinos, que são totalmente predominantes nos seus vídeos, são feitas pelo próprio Agrusso (ou RandomGuy). As poucas vozes femininas são feitas por Brinna (RandomGal).

É muito interessante ver os personagens que conhecemos ganhando outra personalidade nos vídeos, discutindo sobre seus filmes, seus estúdios, seus atores. Sempre muito engraçado e com piadas geniais.
Aliás, Agrusso conhece a fundo a histórias dos quadrinhos e super-heróis, então sempre tem material para piadas com qualquer um deles.

Mas já digo dois destaques dos vídeos deles: o Duende Verde (Green Goblin, ou Gobby), o seu primeiro alívio cômico, totalmente surtado e louco e que acaba se apaixonando por Harley Quinn, a namorada do Coringa; e, depois, Deadpool, que encanta a todos por ser tão cômico quanto o Duende, inconveniente e por suas músicas engraçadas.

Eu queria poder postar mais alguns vídeos aqui, mas posso acabar estragando a graça para alguns, pois assistir na ordem é realmente melhor. Vou colocar o centésimo vídeo dele, um musical sobre a continuidade do Universo Marvel no cinema.



Além dos personagens discutindo e das histórias em temporadas, Agrusso começou a fazer algumas coisas mais diversas, como paródias de filmes com os personagens Marvel/DC, o engraçado Goblin Bloggin', o vlog do Duende, comerciais para a C2E2 (Chicago Comic and Entertainment Expo) e a New York Comic Con (na qual ele possui um painel desde 2007) e spin-offs das histórias com seus personagens.

Deveria haver algum tipo de movimento para que os vídeos do RandomGuy fossem mais conhecidos no Brasil e fossem legendados em português. E é alguém como esse homem que Hollywood precisa criando bons roteiros de comédia. Aposto como ele faria muito sucesso.

Para ler muito mais sobre Agrusso, Li, seus vídeos e muito mais, leia o artigo sobre ele na Wikipedia. Recomendo muito.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sobre Felipe Neto e as críticas

Depois de muito tempo sem tempo para escrever sobre outra coisa aqui que não fossem filmes, vou mudar um pouco de assunto.
Já que várias pessoas não param de falar disso, inclusive nos blogs dos meus amigos, os ótimos Muvuca Nossa de Cada Dia! e fabiotbworld, também vou falar.

Vou falar de uma das sensações do momento na internet: Felipe Neto e seu canal Não Faz Sentido!

Eu gosto muito dos vídeos do Felipe Neto, acho muito engraçados e me divirto bastante. Eu estou aqui para falar bem, apesar de não ser pago para isso.
Muitos o acusam de fazer sucesso criticando todo e qualquer tipo de modinha, sendo, assim, sempre notícia e sempre estando em evidência. Também o acusam de ter imitado o PC Siqueira, que possui o vlog Maspoxavida.

Mas na verdade, Felipe Neto apenas dá a sua opinião sobre assuntos que ele não gosta e que estão em evidência. E, para fazer isso, construiu um personagem, que é revoltado e não perdoa nada.
O PC Siqueira também fala bastante de assuntos que ele não gosta, mas ele fala como o próprio PC. O Felipe Neto usa um personagem porque é uma forma que ele encontrou de transmitir seus pensamentos de uma maneira engraçada. E, além do mais, ele é ator, é o que ele faz.
O PC Siqueira gosta dos vídeos do Felipe e, para quem ainda acha que eles não se gostam porque o Felipe "imitou" o PC, eles já gravaram juntos um vídeo.

Quanto a criticar apenas as modinhas e assuntos em evidência, tenho uma suposição. A menos de um mês atrás, um dos assuntos mais falados no mundo inteiro foi a Copa do Mundo, mas Felipe Neto não fez um vídeo sobre a Copa, porque ele gosta de futebol. Se eu tivesse um vlog (o que pretendo ter um dia) nesse mesmo estilo, eu teria falado da Copa, por ser um assunto em evidência e eu não ser um grande simpatizante do esporte.
Talvez até seja por isso que eu goste dos vídeos dele, porque ele fala de assuntos que também me incomodam, e eu concordo com a opinião dele. Se ele falasse de Harry Potter, é provável que eu o olhasse com outros olhos, mas respeitaria sua opinião.

Ou seja, o que Felipe Neto faz é pegar um assunto que está em evidência e que ele não goste, e transformar isso em algo engraçado, através de um personagem que não gosta de nada. É entretenimento, é um meio de fazer ser ouvido no meio de tanta gente, de criticar as pessoas que deixam ser levadas por qualquer coisa. Nas palavras do próprio em seu Twitter:
"Lembrem-se disso: o Felipe Neto gosta de muita coisa, o carinha do Não Faz Sentido até gosta, mas nunca vai falar. Personagem, galera =)"
Aliás, depois que o personagem dominou seus vídeos, ele criou um segundo canal, que é verdadeiramente seu vlog, onde ele é ele mesmo. Vale a pena dar uma conferida também.

Então é isso, se você não gosta dele porque ele falou mal de algo que você gosta, respeite a opinião dele e lembre-se que todo o exagero é apenas um personagem.
Se você não gosta dele porque você não gosta dos vídeos ou do humor dele, tudo bem. Eu respeito sua opinião, e não vou e nem quero fazer nada para mudar a mesma.
Se você gosta ou não gosta dele e nunca viu um vídeo dele, só se baseia pelo que estão falando, isso não faz sentido. Tem que conhecer para gostar ou desgostar, vá assistir um dos vídeos.
E, se você gosta dele, compartilha suas opiniões e gosta de seu humor: Que bom!

Para finalizar, vou deixar para vocês verem o vídeo dele de que mais eu mais gosto. Podem pensar que é o de Crepúsculo, que é um dos mais engraçados e o mais famoso, mas não é.
Como podem ver por este post e todos os outros, eu escrevo de um jeito um tanto formal, e gosto da norma culta da língua portuguesa. Portanto, compartilho da opinião do Felipe quanto às pessoas que escrevem errado. Não as suporto.

Fiquem agora com o Não Faz Sentido! - Gente que escreve errado.



Termino por aqui. Até a próxima.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Shrek Para Sempre

Shrek foi a série de filmes mais bem sucedida da DreamWorks Animation. Quem imaginava que a história de um ogro verde fosse fazer tanto sucesso? Depois de três filmes, com altos e baixos, o quarto é marcado como sendo o último da franquia. Shrek fez parte dos anos 2000.


Shrek Para Sempre (Shrek Forever After, 2010)
Direção: Mike Mitchell
Depois que Shrek, um filme magnífico, fez história ao inverter os contos de fadas, a coisa nunca mais foi a mesma. Recebeu o primeiro Oscar de Melhor Filme de Animação. Em seguida veio Shrek 2, ainda mais magnífico que o primeiro, mais engraçado e com dois vilões que você não espera: Fada Madrinha e Príncipe Encantado. Então veio o apenas normal Shrek Terceiro, que resolveu mostrar mais história e menos comédia, além de decidirem incorporar uma lenda, a do Rei Arthur, que não é mundialmente conhecida como os contos de fada. Quando Shrek Para Sempre foi anunciado, disseram que seria o capítulo final e, na opinião de muitos, seria para dar um final mais digno do que o último filme às histórias do ogro.
Se o motivo era este mesmo, fico feliz que eles tenham conseguido. No filme, Shrek está triste com sua nova vida familiar e monótona, e acaba fazendo a besteira de assinar um contrato com Rumpelstiltskin, especialista em contratos mágicos, para voltar a ser um ogro de verdade por um dia. Shrek é transportado para um mundo onde ele não existe, Fiona é caçada e Rumpel (com um nome desses, só abreviando) é rei.
Este último filme é bastante engraçado, e tenta voltar à velha forma dos primeiros filmes. Uma das coisas que gostei foi que a ação toda se passa em um universo paralelo. Dá aquela sensação de que os estúdios queriam criar um bom desfecho para a série sem estragar muito a história do ogro, que já tinha se tornado estranha no último filme. A ideia funciona, e um mundo ao contrário gera várias piadas. Fiona é líder da resistência dos ogros, que são caçados pela patrulha de bruxas de Rumpel, o Burro faz um bico como puxador de carroça, o Gato de Botas está gordo e aposentado e outros personagens também estão mudados.
Como dito acima, este filme está bastante engraçado, fazendo muitas referências a outros contos de fada, piadas bem divertidas e até uma participação especial de Gepeto. Há referências também aos filmes antigos, como o Pinóquio quase conseguindo se tornar um menino de verdade, de novo.
Apesar da grande maioria dos personagens serem recorrentes e, neste filme, pouco aproveitados, há os novos personagens, como Rumpel e seu hilário ganso gigante e os ogros da resistência, em especial o cozinheiro de tapiocas. Além do garotinho do vilarejo que pede a Shrek: "Faz o urro." Mas o destaque vai para o fantástico Flautista Encantado, em uma participação que garante muitas risadas.
Shrek Para Sempre traz de volta toda a diversão que Shrek tinha antigamente, e consegue dar um final digno à franquia. Shrek se despede em grande estilo: deu a volta por cima e parou quando estava no auge.


domingo, 25 de julho de 2010

Um Bom Ano

Quando falei de Robin Hood, listei os outros filmes que tem a parceria do diretor Ridley Scott e o ator Russell Crowe. Um deles é Um Bom Ano, o segundo da parceria e uma tentativa dos dois no mundo das comédias românticas.


Um Bom Ano (A Good Year, 2006)
Direção: Ridley Scott
Um Bom Ano é um bom filme. Sim, isso foi intencional! Mesmo tratando de um assunto já bastante abordado, continua sendo um bom filme.
No filme, Max, um corretor da bolsa de valores inescrupuloso, interpretado por Crowe, herda de seu tio uma propriedade em Provença, na França, onde ele costumava passar os verões, junto com a vinícola que o tio tanto gostava. Lá ele aprende a ser um homem mais simples e conhece e se apaixona por uma mulher local.
A história já é bem batida: um homem com uma personalidade ruim acaba tendo que passar um tempo em um lugar remoto, aprende a ser uma pessoa mais simples, se torna uma pessoa melhor, conhece a mulher da sua vida e por aí vai.
Mas há várias coisas boas no filme. O diretor e o ator, por exemplo, que vieram da parceria de Gladiador, onde ambos receberam os Oscars devidos. O filme também possui boas piadas. Algumas que funcionam melhor que outras, claro, mas mesmo assim satisfatórias.
As lembranças do personagem são muito interessantes, surgindo como visões ao se deparar com algum lugar da casa onde ele e seu tio haviam estado. Somos constantemente jogados ao passado para rever as memórias de Max e ver que ele tinha um grande carinho pelo tio.
Ao mesmo tempo, Max só pensa em dinheiro e logo todos ficam contra ele. Ao anunciar que pretende vender a enorme propriedade, os únicos empregados do local, o vinhateiro Duflot e sua mulher, se zangam. Aliás, a mulher de Duflot é exagerada e engraçada, assim como o pai de Duflot, um velho que rende boas piadas. Para complicar mais ainda, surge uma suposta prima de Max, filha do falecido tio, que Max tenta esconder para que ele possa vender logo a casa.
No meio de memórias do passado, piadas de um homem da cidade se adaptando ao interior e a ambição do rapaz, surge na vida dele (de um forma bem clichê) a mulher de sua vida. Claro que eles não se dão bem no começo, mas eventualmente se rendem um ao outro.
Com um final bonito, mas também um tanto clichê, este filme é uma boa tentativa de Ridley Scott de fazer uma comédia romântica. O filme não traz inovações, mas traz boas situações. É, sim, um bom filme.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Encontro Explosivo

Demorei 4 dias para escrever sobre o filme porque estive ocupado. Nas férias. Acreditem.
Vou falar da terceira comédia de ação (no Brasil, a segunda ainda), de que tenho notícia, protagonizada por um casal. Parece a nova aposta dos filmes, não?


Encontro Explosivo (Knight and Day, 2010)
Direção: James Mangold
Parece que temos uma nova aposta no mundo do cinema. São as comédias de ação estreladas por um casal. Recentemente tivemos o filme Caçador de Recompensas, estrelado por Gerard Butler e Jennifer Aniston, e o ainda inédito por aqui Par Perfeito (tradução chata para Killers), com Ashton Kutcher e Katherine Heigl. Chega agora Encontro Explosivo, com Tom Cruise e Cameron Diaz.
O motivo parece óbvio: atrair as mulheres para os filmes de ação e os homens para as comédias românticas, unindo os dois estilos. Este filme consegue fazer isso muito bem.
No filme, um agente secreto acaba envolvendo uma mulher no meio de uma perseguição a uma invenção em que todos querem por as mãos. Então eles devem agir juntos para impedir que tal objeto caia em mãos erradas.
Cameron Diaz está muito bem no seu papel, fazendo a mocinha que entra no meio da ação de repente. Mas Tom Cruise rouba a cena. Veterano em filmes de ação e em interpretar agentes secretos, Cruise atua como uma caricatura de todos seus personagens. Ele é totalmente autoconfiante, sempre exibindo um sorriso no rosto, dizendo palavras de carinho no meio de tiroteios e perseguições e extremamente habilidoso em qualquer coisa que faça.
O filme também consegue ser bastante divertido, geralmente com cenas da personagem de Diaz, não acostumada àquele mundo. Basta colocá-la no meio de um tiroteio, em um carro de fuga ou com uma arma na mão que já tem piada pronta. Boas risadas também quando a moça ingere soro da verdade. A ação do filme também é bem boa, há várias perseguições, explosões e atos praticamente impossíveis de Tom Cruise. Sendo uma comédia de ação, acho que temos bastante dos dois.
Uma cena que chamou a atenção foi aquela em que Cruise droga Diaz para que os bandidos não a machuquem e os dois são capturados. A partir daí vemos a situação pelos olhos de Diaz nos momentos em que ela volta a si. Por um curto período de tempo vemos Cruise acorrentado, depois solto, depois fugindo com ela, depois se jogando de um avião. Tudo confirmando a auto-paródia do personagem de Cruise, invencível. E é muito interessante quando essa cena se repete no final, mas com os papeis invertidos. Aliás, a relação dos dois e a invencibilidade de Cruise é provada quando Diaz tem uma crise e Cruise caminha no meio de um tiroteio só para beijá-la, numa cena muito boa.
Apesar do título em português ser bem clichê, foi uma boa ideia traduzi-lo mesmo, por que o título original seria difícil de adaptar e ainda não entendi seu sentido direito. O filme é bem divertido, garante boas risadas e boas sequências de ação, e é uma ótima diversão, se é o que você procura.


quinta-feira, 15 de julho de 2010

A Saga Crepúsculo: Eclipse

Vi Crepúsculo quando saiu Lua Nova, e vi Lua Nova quando saiu Eclipse. Mas não quis comentar Lua Nova aqui, porque quis deixar o espaço reservado para o último. Não queria duas críticas, uma atrás da outra, de dois filmes da mesma saga, ainda mais quando eles são tão parecidos.


A Saga Crepúsculo: Eclipse (The Twilight Saga: Eclipse, 2010)
Direção: David Slade
Eclipse é melhor do que os outros dois filmes da Saga Crepúsculo. E isso não quer dizer muita coisa.
Neste filme, enquanto Bella continua indecisa entre o vampiro Edward e o lobisomem Jacob, Victoria cria um exército de novos vampiros para tentar matar Bella. Nunca expliquei a história de um filme tão rápido.
Não acho os filmes da saga ruins, mas estão longe de serem grandes filmes e grandes histórias. Por vários motivos, como a desvirtuação de figuras mitológicas clássicas como os vampiros e lobisomens, o amor extremamente exagerado entre os personagens e muito mais.
Acho que terei que incorporar várias opiniões de outras pessoas no meu texto, assim ficará mais fácil. E há pontos em que eu concordo tanto com os que defendem quanto com os que criticam a saga.
Foi dito que se trata de um blockbuster "para mulheres", e de certa forma é. Os dois interesses de Bella fazem o tipo galã, e se trata de um triângulo amoroso onde quem decide é a mulher. Mas essa ideia também pode ser descartada se pensarmos que todos os filmes estrelados por homens são blockbusters "para homens". Mulheres também gostam de filmes de ação e aventura, assim como também há homens entre os fãs de Crepúsculo.
Sempre se diz que a série é conservadora. Bem, Edward é um vampiro de 109 anos, que viveu em outra época. Até aí acho normal as atitudes que ele toma. Mas mesmo assim ele deveria ter aprendido alguma coisa já, porque ele toma atitudes como proibir Bella de ver Jacob, tirando a liberdade dela. No caso da Bella, sempre dizem que ela é muito forte e faz os dois comerem em sua mão, mas ao mesmo tempo ela é capaz de deixar para trás família, amigos e toda uma vida normal por causa de um amor avassalador. Acho a personalidade dela mal construída.
E indo para a parte das criaturas: vampiros e lobisomens não são criaturas que existem de verdade, então acho que os autores podem tomar certas liberdades criativas quanto às suas características. Porém as características chaves devem ser mantidas, senão estaremos falando de uma criatura nova. Para citar apenas um exemplo de cada, é característico de um vampiro que ele se desintegre no sol, e não que brilhe. E é normal que um lobisomem se transforme em em uma criatura metade humana e metade lobo em noites de lua cheia, sem consentimento, e não que se transforme em um lobo de verdade a hora que quiser. Eu gosto da teoria que diz: "Edward voa, brilha, mora na floresta e dá conselhos. Ele é uma fada."
Mas uma coisa interessante desse filme, e que não teve nos outros, infelizmente, é o fato do filme tirar sarro de si mesmo. Jacob aparece sempre sem camisa, com a desculpa de que seu corpo é muito quente, e em determinado momento Edward pergunta a ele se ele não tem camiseta. Sobre o assunto da castidade que envolve a série, onde Edward se recusa a fazer sexo antes do casamento, tem uma cena em que o pai de Bella quer saber das intimidades da filha, e ela responde que Edward é old school. Cenas assim são engraçadas e mostram que a série não está se levando tão a sério.
O amor dos dois, Jacob e Edward, é tão forte que eles fazem todo o clã deles, os vampiros e os lobos, lutarem contra os vampiros recém-criados só para defender Bella. E falando nas lutas e cenas de ação, elas são boas, mas poderiam ser melhores se os efeitos especiais ajudassem mais. Hoje em dia os efeitos praticamente simulam o impossível e os filmes da saga parecem que estão um passo atrás. Para mim o efeito da super velocidade dos vampiros, por exemplo, parece só um vídeo acelerado, disfarçado por muitos cortes de câmera.
E para dizer que não falei nada da cena da cabana, concordo com os que dizem que o Edward fica só olhando Jacob abraçado com sua namorada e não deveria deixar isso acontecer. Mas também concordo que ele fazia isso porque era a única salvação de Bella. Mas essa cena toda pareceu um pouco forçada e o único motivo dela existir foi para ter um motivo para que Jacob a abrace e Edward ainda fique feliz com isso, mas não totalmente.
Depois de tudo o que falei aqui, acho que consegui dizer que não sei realmente o que pensar sobre a Saga Crepúsculo, só que acho a história e os filmes razoáveis. Ou menos que isso.

PS: Não entendo porque o nome do filme é A Saga Crepúsculo: Eclipse. Acho desnecessário e fica com um nome muito grande. Poderia ser só Eclipse, porque todos já sabem de que saga se trata os filmes.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Rebobine, Por Favor

Michel Gondry é um gênio artístico, conhecido pela sua criatividade e truques de câmera. Diretor de diversos clipes geniais para diversos artistas, inclusive The White Stripes e Rolling Stones, e do filme Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças, que confesso que ainda não vi, mas me é altamente recomendado. Este novo projeto dele é tão cheio de criatividade quanto seus outros trabalhos.


Rebobine, Por Favor (Be Kind Rewind, 2008)
Direção: Michel Gondry
É um filme diferente. Ele, na realidade, é uma grande homenagem e uma grande brincadeira. Michel Gondry mostra que é uma das pessoas mais criativas que existem.
Danny Glover interpreta Fletcher, o dono de uma locadora de fitas VHS que pode perder o prédio se não conseguir reformá-lo. Então ele faz uma viagem para se encontrar com amigos e ver novos jeitos de ganhar dinheiro. Ele deixa Mike, interpretado por Mos Def, cuidando da locadora. Mas Jerry, vivido por Jack Black, tenta sabotar a usina de força da cidade e acaba magnetizado, e quando entra na locadora, acaba apagando todas as fitas. Para agradar a fiel cliente da loja e não deixar que ela ligue para Fletcher avisando da desgraça, eles começam a fazer, eles mesmos, suas próprias versões dos filmes.
E vê-los regravando os filmes, ou tentando, pelo menos, é muita diversão. Eles contam apenas com uma câmera e o que der para fazer sem recursos. O primeiro que eles tentam é Os Caça-Fantasmas, e a partir daí vemos um fantasma feito com um saco e lanterna verde, efeitos toscos de atravessar paredes e a música-tema sendo cantada errado.
Por incrível que pareça, seus filmes começam a ficar famosos e eles viram celebridades na vizinhança, e a demanda por mais filmes começa. Há até um nome para isso: para explicar a demora do filme chegar e os preços mais caros, eles inventam que os filmes são "suecados", ou seja, vem da Suécia. Então eles partem para regravar clássicos como A Hora do Rush 2, O Rei Leão, RoboCop, King Kong, Os Donos da Rua e muitos outros, com a ajuda do pessoal da cidade. Os métodos que eles usam para criar seus filmes são muito criativos, como usar um ventilador em frente à câmera para simular um filme antigo, usar a "visão noturna" da câmera para criar o efeito de noite (e com uma solução hilária para que seus rostos não fiquem negativos também) e usar uma pizza para simular uma poça de sangue.
Uma coisa interessante é que o diretor e roteirista Michel Gondry não deixou que ninguém revisse os filmes que eles suecariam. Tudo tinha que ser recriado somente a partir do que se lembravam do filme. Então as partes dos filmes que aparecem sendo recriadas são as mais famosas e marcantes. E falando em Gondry, é claro que, além da sua criatividade por trás da história, vemos também seus efeitos de câmera, como na cena em que Jerry e Mike se camuflam de policiais devido a suas roupas se parecerem com o fundo, e na cena de regravação de King Kong, onde Jerry fica bem perto da câmera e parece ser bem grande, agarrando a mulher que está mais longe, parecendo pequena.
Depois de certo tempo, onde todos ajudaram e eles já fizeram vários filmes, é triste ver o pessoal do FBI os acusando de infringir o copyright e o destino das fitas. Mas eles não desistem e resolvem fazer um documentário de Fats Waller, um cantor de jazz que todos alegam que nasceu e cresceu naquele bairro. O final do filme é algo bem diferente, é uma espécie de "ascensão e queda" ao mesmo tempo.
Este é um filme muito bom, onde é explorada a criatividade e é feita uma grande homenagem aos clássicos e ao início do cinema, quando não havia os recursos de hoje em dia. É um filme muito interessante de ser visto.

Gondry sabe como fazer algo e, numa jogada de gênio, sueca o próprio trailer de Rebobine, Por Favor para entrar no clima do filme, e ainda faz tudo sozinho. Clique para ver o trailer original do filme e o trailer suecado por Gondry.