domingo, 10 de abril de 2011

Sucker Punch - Mundo Surreal

Decidi que, depois de ver esse filme no cinema, começaria minha maratona Zack Snyder ao contrário. Pois, acredite se quiser, não vi nenhum filme do visionário diretor ainda. Mas não fique aqui esperando, não tenho nada planejado ainda. Mas verei os filmes.


Sucker Punch - Mundo Surreal (Sucker Punch, 2011)
Direção: Zack Snyder
O filme, dependendo do seu ponto de vista, pode ser o mais simples ou o mais complexo. E acho que isso não foi uma coincidência. De um jeito ou de outro, você sai pensando do cinema.
Depois da morte da mãe, o padrasto de Baby Doll (Emily Browning) a coloca em um manicômio para que seja lobotomizada, a fim de ficar com a herança. Lá dentro, sob pressão, ela cria um mundo paralelo em sua cabeça para lidar com esse problema.
A sinopse que você acabou de ler é uma cópia da oficial (gosto de escrever minhas próprias sinopses), mas, dependendo do seu ponto de vista do filme, ela pode estar completamente enganada.
Mas vamos começar pelo princípio. Toda a história da morte da mãe e da tentativa do padrasto de se livrar das filhas é visualmente sensacional. Recheada de câmera lenta e uma fotografia muito boa, a história é contada de uma forma dinâmica, onde entendemos tudo o que acontece.
E já aproveitando, a primeira cena funciona muito bem por causa da música. E a trilha sonora desse filme é espetacular. Músicas escolhidas a dedo, sendo que algumas são em versões cantadas pelos próprios atores e atrizes do filme. É de sair feliz do cinema só pelas músicas.
Entrando agora no mundo do filme. Todos os mundos criados como válvula de escape são incrivelmente construídos. Depois que Baby Doll entra no manicômio, o cenário muda e a história "acontece" em um bordel, onde ela é a mais nova integrante das meninas que trabalham lá, comandadas pela Dra. Vera Gorski (Carla Gugino) e que tem como dono Blue (Oscar Isaac). Todos eles baseados em pessoas do manicômio.
As meninas são a própria Baby Doll, Sweet Pea (Abbie Cornish), Rocket (Jena Malone), Blondie (Vanessa Hudgens) e Amber (Jamie Chung). Juntas conseguem segurar o filme, mas não sei se sozinhas dariam conta do recado. Não digo que a interpretação é ruim, só digo que não é a melhor do mundo. Isso é óbvio. Mas todas elas mostram que evoluíram de seus filmes anteriores. E ainda há o Sábio (Scott Glenn) que aparece em todas as realidades, que aconselha as garotas, sendo uma bela caricatura de sábios famosos.
A escolha das atrizes que compõe o grupo é nítida. Esse filme é feito para satisfazer as fantasias de Zack Snyder, mas não só as dele. Meninas que usam roupas curtas lutando contra orcs e atirando com metralhadoras. O filme é um tanto machista. Mas, mais do que isso, para mim o filme é mais fetichista. E nesse gênero ele faz um bom trabalho.
E, para completar, os tais mundos em que acontecem as missões. Cada vez que ela dança, ela se transporta para um mundo diferente. Dançar faz com que as pessoas olhando se distraiam, permitindo que suas amigas roubem os objetos que precisam para fugir. Sim, é verdade, assistindo o filme você entende melhor, mas é um belo jogo de interpretação da verdadeira realidade. São basicamente quatro mundos: o dos guerreiros feudais futuristas, onde ela recebe a "missão"; o da Primeira Guerra zumbi, para pegar o mapa; o medieval com direito a dragão, para pegar o fogo; e o planeta distante a bordo de um trem, para pegar a faca.
Todos os mundos são visualmente encantadores. Efeitos especiais de primeira, fotografia fantástica. O filme deve concorrer ao Oscar nessas duas categorias, junto com figurino, provavelmente.
Por isso que eu digo que o filme pode ser simples ou complexo. Se você pensar que toda a história é construída para que se mostrem as garotas lutando em mundos diferentes, você está pensando no modo mais simples de mostrar esses fetiches em tela. Se você imaginar que todas essas realidades significam alguma coisa, que há um motivo para ela estar em um bordel, que as transições acontecem quando ela dança e todos os outros detalhes, você começa a achar que o filme é complexo. Para mim, ele deixa isso aberto. E o final é, definitivamente, de parar para pensar.
Só não discuto todos os detalhes aqui para evitar spoilers. Seja pelas explosões e os fetiches, seja por mensagens e significados, é um bom filme de toda maneira.

sábado, 9 de abril de 2011

Fúria Sobre Rodas

O segundo filme de Nicolas Cage este ano, depois de Caça às Bruxas. E ele ainda tem mais dois planejados para sair este ano. Nos últimos anos ele também estava nessa boa forma. Se continuar assim ele vai começar a lançar um por mês.


Fúria Sobre Rodas (Drive Angry, 2011)
Direção: Patrick Lussier
Uma história sem noção que você acaba sabendo só de última hora, vendo o filme, já que é um daqueles títulos que escondem o assunto principal do filme.
Nicolas Cage é John Milton, um pai que está fazendo de tudo para achar a seita satânica que matou sua filha e que está com sua neta, que será sacrificada em três dias. Ele junta forças com a garçonete interpretada por Amber Heard, enquanto tenta, ao mesmo tempo, despistar um tal de Contador (William Fichtner) que está na sua cola.
O filme é tão violento quanto o próprio inferno. Aliás, ele tinha que ser, afinal é de lá que Milton veio. O que torna o filme um trash estiloso, bem feito e com todas as características próprias do gênero.
O filme foi feito para ser exibido em 3D, então vá esperando por milhares de balas sendo disparadas em direção às câmeras. E sim, a maioria delas está em câmera lenta, o que é divertido em qualquer filme.
Nicolas Cage atua na mesma medida em que atua em seus últimos filmes: bem. Não dá um show, mas não decepciona jamais. Amber Heard está aí para ser o rostinho bonito do filme. Ou melhor, para ser o rostinho e o corpinho bonito, e isso ela consegue muito bem. Billy Burke, fazendo o líder da seita satânica, está bem convincente, um vilão na medida. O destaque vai mesmo para William Fichtner, o Mahone de uma das melhores séries de todos os tempos, Prison Break. Neste filme ele atua muito bem, fazendo um personagem quase indestrutível, com poderes, vindo das profundezas e que se mantém calmo na maioria das situações, como ao se ver prestes a sofrer um acidente de carro, adicionando um toque de humor muito bem-vindo ao filme.
Aliás, o filme me lembrou um pouco outro filme, do qual sou muito fã. Ele parece um pouco com Mandando Bala. Os dois filmes envolvem um homem tentando manter a segurança de um bebê, há tiroteios elaborados, perseguições de carro e até, vejam só, o protagonista atirando enquanto faz sexo. Depois que vi essa cena em particular, não pude deixar de pensar que esse filme é quase uma cópia infernal do filme de 2007.
E no fim tudo acabou como deveria acabar. Ou não. Confesso que o final não foi o que eu realmente esperava, e ele não me fez ficar surpreendido por não ser esperado. Ele ficou um pouco estranho, mas não foi nem horrível, nem surpreendente. Foi apenas comum.
Por fim, vale para quem é fã de Nicolas Cage, para quem é fã de filmes trash, violentos, com mulheres e carros. E claro que há cenas de perseguições em carros e tudo mais, mas levando em consideração todo o contexto do filme, o título dele é o que menos importa.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles

A globalização está presente na distribuição internacional desse filme. Enquanto nos Estados Unidos ele se chama "Batalha: Los Angeles", porque ele acontece, óbvio, na Cidade dos Anjos, no resto do mundo foi acrescentado o "Invasão do Mundo" para dizer que aquilo aconteceu no mundo todo, mas o filme se concentra só em LA.


Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles (Battle: Los Angeles)
Direção: Jonathan Liebesman
Explosão, tiros, bombas, devastação, granadas, aliens, mortes. Um filme que tem tanta coisa e que falta tanta coisa.
O mundo inteiro é invadido, alguns lugares já foram devastados. O exército americano pretende destruir Los Angeles para acabar com os alienígenas, mas há algumas pessoas presas no local. O Sargento Nantz (Aaron Eckhart) e sua equipe correm contra o tempo para tentar salvá-los.
A sinopse do filme diz tudo o que você precisa saber. Não há mais nada na história, além de algumas tentativas falhas de tentar criar uma. Mas a pretensão do filme não é ter uma história mesmo.
O filme tem efeitos especiais impressionantes. É um realismo estupendo, dos tiros, das explosões, de tudo, basicamente. Os efeitos de guerra são sensacionais, dá realmente para acreditar que Los Angeles virou um grande campo de batalha devastado.
E é só isso. O estúdio quis fazer um filme que fosse tecnicamente sensacional, para atrair pessoas que verem ver as coisas voando pelos ares, e só. Se você quer ação que não pare em nenhum minuto, tensão a cada tomada e pirotecnia de monte, esse filme é para você.
Mas saiba que depois de algum tempo só nisso, você vai querer se preocupar com outras coisas, e é aí que está o problema. Já disse que não há nenhuma história no filme. No máximo, que esse é o último trabalho do Sargento Nantz (clichê) e que um soldado não gosta dele porque seu irmão morreu sobre o comando do sargento (muito mal explorado). E isso é o máximo que eu consigo lembrar sobre a narrativa no filme.
E já que falo nos personagens, os atores do filme estão todos trabalhando no piloto automático. Nenhum deles dá nenhuma interpretação memorável, estando lá para que o filme seja mais comerciável com nomes famosos. Aaron Eckhart e Michelle Rodriguez, que já fizeram papeis muito bons, são as caras conhecidas para deixar ele mais agradável, mas que não fazem muito pelo filme. E até Ne-Yo está aqui para tentar atrair pessoas para ver o filme.
E quanto aos alienígenas que invadem, a função deles é apenas representar uma ameaça para que esse pequeno exército de humanos possa esgotar sua munição. E o diretor não consegue nem decidir se devemos ver os invasores ou não. Eles são sempre mantidos escondidos ou muito ao longe, e se fosse assim sempre seria uma estética interessante. Mas há alguns momentos em que as criaturas aparecem, estragando nossa sensação de inocência. Chegam até a fazer uma autópsia em um deles.
O filme acaba tentando copiar alguns filmes que fizeram sucesso. Um pouco da destruição de Falcão Negro em Perigo, a invasão e o modo de esconder o invasor de Cloverfield - Monstro, e o estilo documental e o modo de mostrar o inimigo de Distrito 9. E, no final, acaba perdendo sua própria identidade no processo. Vale como um show pirotécnico bem realizado, nada mais.


quinta-feira, 7 de abril de 2011

VIPs

Esse filme demorou um pouco para estrear, pelo o que parece. O IMDb lista ele como sendo de 2010, e já tem até cartaz em inglês, mas ele só veio aos nossos cinemas em 2011. Ele deve ter passado um tempo em festivais até decidirem que seria viável lançá-lo.


VIPs (2010/2011)
Direção: Toniko Melo
Primeiro filme de Toniko Melo, sua estreia no cinema, e fez um filme bem competente, bem construído e que tem, entre os produtores, Fernando Meirelles, e entre os roteiristas, Bráulio Mantovani, de sucessos como os dois Tropa de Elite. Além de Wagner Moura, o grande trunfo de tudo
Wagner Moura é Marcelo, um rapaz com o sonho de pilotar aviões. Ao descobrir que consegue fingir ser outra pessoa muito bem, ele passa a assumir diversas personalidades para conseguir o que quer e fugir de sua própria vida.
A história real de Marcelo Nascimento é retratada de uma forma boa no filme, mostrando sua personalidade falha que levou a mudança na sua vida, literalmente, assumindo vários personagens.
Andaram comparando muito o filme com Prenda-me Se For Capaz. Discordo. Claro que uma pessoa assumindo vários papeis é algo em comum entre os dois, mas não há ninguém perseguindo ele. A história é toda dele, suas próprias ações movem a história.
O interessante, também, que diferencia do filme ao qual ele é comparado, é a personalidade de Marcelo. Ele não quer ser bandido e nem cometer crimes, ele só quer seguir seu sonho de pilotar aviões, e não percebe as consequências do que faz. Aliás, ele parece não saber de mais nada após virar outra pessoa, ele começa a agir como se fosse quem ele interpreta e se recusa a voltar à sua personalidade de Marcelo. O filme não esclarece essa história, acho que justamente para tirarmos nossas próprias conclusões. Afinal, ele é só um aproveitador ou tem algo mais dramático nesse seu jeito de ser?
E esse personagem só funciona tão bem assim, é tão verossímil, graças a atuação de Wagner Moura. Um ótimo ator que assume, no começo, a timidez e a introspectividade de Marcelo muito bem, e que muda à medida que ele vira outra pessoa, chegando a realmente se tornar outra pessoa, como o filme sugere. A alma desse filme é o ator principal, se ele não fosse tão dedicado e bom, o filme provavelmente não funcionaria. Outro ator, menos bom, teria exagerado nas outras personalidades, transformado o personagem em uma caricatura.
E falando nelas, o Marcelo real teve 16 identidades diferentes. Muitas para um longa-metragem de duração comum de 95 minutos. Então resolveram focar nas prioridades que o roteiro exigia, o que reduz o número para 2 (tirando a sua própria, na adolescência), ou 3, vendo por um outro lado narrativo.
São elas: a primeira usada, Carrera, que é sua entrada no mundo do tráfico como piloto de carga, que mostra sua dedicação a se tornar piloto igual ao pai, não importando os meios. A segunda seria o que ele se torna depois de muito tempo no tráfico (afinal, seu cabelo muda, indicando as transições de personalidade). E a terceira é a mais famosa de todas, que repercutiu demais na mídia na época. Assumiu o papel de Henrique Constantino, "filho do dono da Gol", a companhia aérea, onde foi tão audacioso que chegou a enganar o apresentador Amaury Jr., concedendo uma entrevista a ele como Constantino. E uma coisa legal de se ver é o próprio Amaury Jr., que atua no filme como ele mesmo, reconstruindo a entrevista na qual foi enganado, demonstrando bom humor.
Com um final que conclui esse arco do homem que perseguiu seu sonho, conquistou e quis mais, o final foi satisfatório ao admitir que a história real não foi só essa mostrada no filme e que, ao meu ver, deixa uma possibilidade aberta para uma continuação com mais personagens seus.
Se tudo for feito tão bem quanto nesse filme, com Wagner Moura retornando e com uma história que faça sentido à história real, que adicione a ela e não apenas a copie, eu adoraria ver Marcelo e suas incríveis enganações mais uma vez.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sem Limites

Havia rumores de que o protagonista desse filme seria Shia LaBeouf, caso ele não tivesse sofrido um acidente de carro. Eu digo que até fico feliz com isso, pois ele passou a vez a Bradley Cooper, um ator que, para eu me tornar fã total dele, só faltava fazer um papel desse tipo.


Sem Limites (Limitless, 2011)
Direção: Neil Burger
Um filme muito bom e com um roteiro inteligente, como se beneficiasse da própria ficção que criou para construir a sua narrativa. Bem interessante.
No filme, é oferecido ao escritor fracassado Eddie Morra, personagem de Bradley Cooper, uma droga chamada NZT. Ela libera todo o potencial do cérebro, fazendo com que o usuário use todos os 100% de capacidade da mente. Com isso, Eddie começa a se dar bem, entra no mercado de ações e atrai a atenção de Carl Van Loon (Robert DeNiro). Mas não sem algumas consequências.
Já a cena inicial desse filme é capaz de prender na cadeira. Uma cena espetacular em que a câmera avança através de Nova Iorque incessantemente, em uma cena que chega até a causar vertigens. O filme inteiro é repleto de cenas que se assemelham a essa, nas horas em que Eddie toma a droga e "fortifica" sua mente, vendo o mundo de outra forma.
A própria atuação de Bradley Cooper demonstra essa mudança. No começo do filme apresenta um cabelo desgrenhado, posição curvada e sempre parecendo indefeso, ao passo que cada vez mais, depois de tomar o NZT, se torna mais confiante, corta o cabelo, se veste melhor e ganha autoridade. Bradley Cooper é, para mim, um ator fantástico que cada vez mais consegue mostrar seu talento, já bastante visto em Se Beber, Não Case e Esquadrão Classe A.
E falando nos atores, você olha para este pôster e já pensa em Robert DeNiro em um grande papel, provavelmente. Na verdade, não. Ele está fazendo mais um de seus filmes em que parece se divertir, mas não acrescenta muito ao filme. O papel dele não foi feito para ele, poderia ser outra pessoa. Ou nem precisaria desse papel, talvez. Mas já que ele está aí, ele atua bem como sempre atuou.
O roteiro do filme é bem escrito e cria uma história bem interessante. A ideia de uma droga dessas existir cria muitas possibilidades, e usar seu novo "poder" para entrar no mercado de ações é uma ideia sensata do protagonista. Carl Van Loon é o personagem que é o maioral entre os acionistas e percebe o "dom" de Eddie e lhe dá uma chance.
E se você acha que tudo isso acontece monotonamente, engano seu. O filme tem um ritmo bem dinâmico, com transições bacanas e efeitos bem legais. E tem ação também, já que Eddie começa a ser perseguido por causa de sua habilidade. E assim ele tem que se livrar de um homem misterioso, de uma agiota e muito mais. Aliás, um dos melhores momentos do cinema desse ano acontece mais para o final do filme, envolvendo o sangue de um rival.
Sem Limites é um filme interessante, que usa toda sua criatividade e inteligência para criar uma história com as mesmas características. É claro que nenhum filme está livre de furos, e dá para perceber alguns aqui. Mas tão superficiais que não estragam em nada a diversão que é assistir esse filme, pois são facilmente relevados. Afinal, o roteirista não criou a história usando NZT, o que torna o personagem, mesmo usando toda a capacidade do cérebro, passível de uns errinhos básicos. Essa é justamente a graça. Recomendo bastante.


sábado, 2 de abril de 2011

Sexo Sem Compromisso

Natalie Portman está em mais filmes esse ano do que o Lula pode contar em uma de suas mãos. Se você contar que Cisne Negro estreou no Brasil esse ano, ela ainda está neste filme e ainda vai aparecer em As Coisas Impossíveis do Amor, Sua Alteza e Thor. Já Ashton Kutcher faz sua comédia romântica de sempre.


Sexo Sem Compromisso (No Strings Attached, 2011)
Direção: Ivan Reitman
O filme nada mais é do que uma comédia romântica normal. E uma com Ashton Kutcher. Você sabe o que esperar. Mas não fiquei decepcionado.
Kutcher é Adam e Portman é Emma, dois amigos que decidem virarem amigos de sexo, ou seja, entre eles não há nada mais do que amizade e sexo. Mas você sabe que as coisas não vão ser sempre assim.
Todo grande artista tem aquele momento em que precisa descansar e se divertir, então eles decidem fazer um papel simples, de preferência em uma comédia romântica. E é isso que Natalie Portman está fazendo nesse filme. Ela acrescenta bastante ao filme, mas o papel não é um desafio para a carreira dela. E Ashton Kutcher está fazendo o mesmo papel de sempre, em seus filmes de sempre.
Assim como é clássico nesse tipo de filme, aqui os personagens principais são o centro emotivo de toda a narrativa, enquanto os coadjuvantes são os donos da graça. É claro que os protagonistas também protagonizam gracinhas, mas o destaque cômico fica por conta dos outros. Ou seja, dos amigos e amigas de cada um e, principalmente, o pai de Adam. Kevin Kline fazendo um ex-ator famoso excêntrico, muito legal.
E na direção temos um veterano em comédias: Ivan Reitman, que fez, na sua fase com o Bill Murray, Almôndegas, Recrutas da Pesada e os clássicos Os Caça-Fantasmas e Os Caça-Fantasmas 2, na sua fase com Arnold Schwarzenegger fez Irmãos Gêmeos, Um Tira no Jardim de Infância e Júnior, e que está entrando nas comédias românticas com seu último filme, Minha Super Ex-Namorada, além de muitos outros.
O filme tem suas qualidades, como a piada com as cenouras ou o programa de TV em que Adam trabalha, que funciona como uma paródia de High School Musical. O filme funciona bem. Não vá assistir achando que é o filme do ano, ou do mês, mas pode ser o filme do dia. Afinal, comédias românticas dificilmente adotam outro estilo de narrativa, mas sempre nos divertem o suficiente. Se tiver um tempinho sobrando, pode ver.