segunda-feira, 7 de março de 2011

O Último Samurai

No Japão, 6 de outubro é um dia comemorativo chamado "Tomu no Hi", ou Dia do Tom. Ele foi designado em homenagem a Tom Cruise. Isso devido às várias visitas dele ao país e ao sucesso desse filme.

O Último Samurai (The Last Samurai, 2003)
Direção: Edward Zwick
Um filme americano cultuando a cultura japonesa e, principalmente, os honrados samurais que viveram no Japão. Uma boa homenagem.
Tom Cruise é Nathan Algren, um militar americano que é contratado para treinar as tropas japonesas contra os samurais. Após ser capturado em batalha, Nathan aprende os costumes e culturas dos samurais e luta do lado deles, se tornando um.
É a história de uma pessoa que acaba indo parar em um vilarejo afastado, tradicional, e que acaba descobrindo um modo de vida simples e reavalia seus valores. Todos nós já vimos essa história. Seja em outros filmes, em livros, em contos de fadas e até na vida real. É um dos sistemas mais básicos de montar uma história. Porque funciona. Até a Pixar já usou essa fórmula, só para citar um dos maiores e melhores estúdios do mundo. Repare na similaridade deste filme e Carros.
A questão desse tipo de história não é a história em si, mas como ela é contada. É preciso personagens interessantes, uma trama bem amarrada, ambientação certa. E O Último Samurai é bem contado.
Quando Nathan é capturado pelos samurais, ele passa a conhecer mais sobre o modo de vida deles. E nós também. Há vários elementos mostrados em tela, vários hábitos, vários costumes. Nós vamos nos familiarizando com aquela sociedade e nos apegando a ela, e então começamos a torcer para que Nathan viva com eles e dê as costas ao mundo do qual ele veio.
O elenco do filme garante verossimilhança à sociedade japonesa da época, assim como os aspectos técnicos do filme. O Japão antigo está muito bem construído, tendo o filme garantido indicações ao Oscar por Melhor Direção de Arte e Figurino.
E falando no prêmio da Academia, quem mais foi indicado, na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, foi Ken Watanabe, fazendo o líder dos samurais, Katsumoto. Belo feito, já que esse foi o primeiro trabalho do ator em inglês.
Tom Cruise não fica para trás e faz um ótimo protagonista, do mesmo jeito que ele sabe fazer em seus filmes de ação. É bem convincente todo o processo de reconhecimento de cultura do personagem dele, e ele até fala várias vezes em japonês.
O filme é muito bom. É uma história que se repete, mas que aqui vale a pena pela forma como é contada. Se os japoneses acharam bom o suficiente para dar um feriado a Tom Cruise, quem sou eu para discordar.


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