domingo, 25 de julho de 2010

Um Bom Ano

Quando falei de Robin Hood, listei os outros filmes que tem a parceria do diretor Ridley Scott e o ator Russell Crowe. Um deles é Um Bom Ano, o segundo da parceria e uma tentativa dos dois no mundo das comédias românticas.


Um Bom Ano (A Good Year, 2006)
Direção: Ridley Scott
Um Bom Ano é um bom filme. Sim, isso foi intencional! Mesmo tratando de um assunto já bastante abordado, continua sendo um bom filme.
No filme, Max, um corretor da bolsa de valores inescrupuloso, interpretado por Crowe, herda de seu tio uma propriedade em Provença, na França, onde ele costumava passar os verões, junto com a vinícola que o tio tanto gostava. Lá ele aprende a ser um homem mais simples e conhece e se apaixona por uma mulher local.
A história já é bem batida: um homem com uma personalidade ruim acaba tendo que passar um tempo em um lugar remoto, aprende a ser uma pessoa mais simples, se torna uma pessoa melhor, conhece a mulher da sua vida e por aí vai.
Mas há várias coisas boas no filme. O diretor e o ator, por exemplo, que vieram da parceria de Gladiador, onde ambos receberam os Oscars devidos. O filme também possui boas piadas. Algumas que funcionam melhor que outras, claro, mas mesmo assim satisfatórias.
As lembranças do personagem são muito interessantes, surgindo como visões ao se deparar com algum lugar da casa onde ele e seu tio haviam estado. Somos constantemente jogados ao passado para rever as memórias de Max e ver que ele tinha um grande carinho pelo tio.
Ao mesmo tempo, Max só pensa em dinheiro e logo todos ficam contra ele. Ao anunciar que pretende vender a enorme propriedade, os únicos empregados do local, o vinhateiro Duflot e sua mulher, se zangam. Aliás, a mulher de Duflot é exagerada e engraçada, assim como o pai de Duflot, um velho que rende boas piadas. Para complicar mais ainda, surge uma suposta prima de Max, filha do falecido tio, que Max tenta esconder para que ele possa vender logo a casa.
No meio de memórias do passado, piadas de um homem da cidade se adaptando ao interior e a ambição do rapaz, surge na vida dele (de um forma bem clichê) a mulher de sua vida. Claro que eles não se dão bem no começo, mas eventualmente se rendem um ao outro.
Com um final bonito, mas também um tanto clichê, este filme é uma boa tentativa de Ridley Scott de fazer uma comédia romântica. O filme não traz inovações, mas traz boas situações. É, sim, um bom filme.

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