domingo, 8 de maio de 2011

Água Para Elefantes

Sabe que, sem toda aquela maquiagem e (d)efeitos especiais, Robert Pattinson não é um ator ruim. Achei que ele poderia estragar um filme desses, mas até que ele faz sua parte direitinho. Falta saber se ele continuará assim.


Água Para Elefantes (Water for Elephants, 2011)
Direção: Francis Lawrence
Uma história bem bonita, uma ambientação linda, fotografia fantástica e uma elefanta. Se ela fosse a atriz principal seria demais.
O jovem Jacob Jankowski (Robert Pattinson) perde tudo depois da morte de seus pais e acaba entrando para o circo, onde acaba conquistando a confiança do dono e o amor da mulher dele.
O filme é muito bonito. O filme tem a capacidade de emocionar, com seus momentos de alegria e de tristeza, de felicidade e de desconfiança. O filme passa emoção ao mesmo tempo em que passa apreensão.
E quem diria que Robert Pattinson poderia fazer um papel bom. Ele não dá um show de atuação, mas não deixa o filme cair também. Para um personagem principal faltava um pouco de carisma, um pouco mais de expressão, talvez, mas ele faz um papel decente e mostra que está dando seus passos para ser mais que um ator de filmes adolescentes. E eu não posso reclamar de ninguém que já participou da Saga Harry Potter.
Reese Witherspoon é uma boa atriz, e faz bem o seu papel de Marlena, melhor que Robert. Mas a química entre eles é estranha, não deu tão certo quanto gostariam que desse. Você acredita por causa do filme, porque a história é interessante. Quem realmente faz uma atuação espetacular é Christoph Waltz, como August, o dono do circo e apresentador do espetáculo, marido de Marlena. Waltz consegue demonstrar crueldade, felicidade, remorso, desconfiança e qualquer outra emoção maravilhosamente bem. O melhor personagem, talvez porque tenha ficado com o melhor ator do filme. E para completar, Hal Holbrook faz uma atuação muito boa no pouco tempo de tela que tem, fazendo Jacob velho, contando sua história. Sua fala final, que é a do filme também, emociona.
O diretor do filme conduz a trama muito bem. Mesmo com suas duas horas de duração, o filme não é arrastado e te mantém interessado em cada reviravolta que acontece. Tudo isso auxiliado pelas locações muito belas e a fotografia maravilhosa do filme, que eu gostaria que, pelo menos, concorresse ao Oscar.
O diretor Francis Lawrence, vindo da direção de videoclipes, estreou com o bom filme Constantine e depois fez o melhor ainda Eu Sou a Lenda. Sendo assim, tem, junto com esse, três filmes muito bons no currículo. E é engraçado ver como os personagens principais dos três filmes compartilham certa similaridade, por serem personagens distantes e, cada um à sua maneira, solitários. O diretor também consegue sempre trabalhar com atores que estejam em alta no momento, conseguindo Keanu Reeves para sua estreia em 2005, Will Smith para o filme de 2008 e agora o queridinho do momento Robert Pattinson. Sinal de que ele tem qualidade.
Os animais do filme dão um show. Vendo-os fazerem o espetáculo parece que se está em um circo de verdade. E destaque, claro, para o motivo do título do filme, a elefanta Rosie. Encantando desde o momento em que aparece pela primeira vez na tela, você sente suas alegrias, suas tristezas, e aposto que você vai querer berrar em determinada cena do filme, envolvendo ela e August.
Adaptado de um livro, o filme transpõe muito bem para o cinema, com uma história tocante sobre um jovem sem nada que acaba achando a felicidade e a vida ao entrar em um trem, que se torna sua casa. Entre nesse trem por essas duas horas e garanto que você vai rir, chorar, se emocionar e esperar pelo melhor, e quando ele chegar à próxima estação, você sairá satisfeito com o maior espetáculo da Terra.

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