segunda-feira, 20 de junho de 2011

Kung Fu Panda 2

Eu lembro de que, quando assisti a Kung Fu Panda, ele ficava no meio de termômetro de qualidade da DreamWorks. Não era tão bom quanto os melhores da empresa, mas era melhor que os menos bons. E havia potencial para melhorar nessa continuação.


Kung Fu Panda 2 (Kung Fu Panda 2, 2011)
Direção: Jennifer Yuh
Desde que li a sinopse do filme, percebi que eles haviam achado um ótimo gancho para o segundo filme. Não parecia forçado, parecia simplesmente a continuidade natural da história. E com uma boa ideia poderia vir um bom filme.
Po e os Cinco Furiosos precisam parar um novo vilão que criou uma arma que acaba com o kung fu. Nessa nova jornada, Po vai descobrir segredos do seu passado enquanto salva toda a China.
A história é bem legal. Ela busca em acontecimentos anteriores ao primeiro filme a trama que vai sucedê-lo. Isso quer dizer que ele não repete a mesma história do primeiro, criando um novo arco bom o suficiente para gerar uma continuação.
A grande questão é que o filme não deixou de ser o mesmo estilo do primeiro. E, assim sendo, ele figura, em uma lista dos filmes feitos pela DreamWorks, abaixo dos melhores e acima dos piores. Ele é apenas um filme comum. Dos filmes do estúdio que receberam continuação, é o mais fraco: Shrek (1 e 2) e Madagascar (também 1 e 2) são melhores do que Kung Fu Panda (pela terceira vez, 1 e 2). Mas estes são, também, melhores que Os Sem-Floresta, O Espanta Tubarões, FormiguinhaZ e alguns outros títulos. Traduzindo, é um filme que achei bom o suficiente, e que assistiria novamente sem problema algum.
Afinal, o filme tem bastante humor. O único defeito dele é ele não estar espalhado por todo o filme. Ele tem vários momentos hilariantes, mas que acontecem aqui e ali, e não durante toda a projeção. Você dá uma gargalhada de quinze em quinze minutos, digamos. Na média ele possui um bom nível de gargalhada (melhor que alguns filmes), mas na prática você fica quinze minutos apenas dando sorrisos de canto por piadas abaixo da média para uma produção deste tipo. Mas eu adoro como eles dão um jeito de fazer Po lutar quase não lutando. Tudo praticamente é feito pelos seus amigos de um jeito que ele leva o crédito por aquilo, isso é genial.
A dublagem original conta com astros para todos os personagens, o que, claro, não acontece no Brasil. Porém, assim como praticamente todas as animações e desenhos, a dublagem brasileira é excelente, e dá uma boa adaptada no texto para incluir expressões tipicamente brasileiras, que tornam o filme mais engraçado e natural para nós. E temos, sim, um famoso na dublagem. E fazendo um bom trabalho, fique tranquilo (afinal, hoje em dia dublagem de famoso = Luciano Huck). Quem dubla Po na versão nacional, que retornou do primeiro filme, é Lucio Mauro Filho. Ao escutá-lo, ele parece ser da equipe de dubladores profissionais, o que é sempre bom, pois mostra que seu trabalho está sendo bem feito.
Como já disse, a história é bem agradável. Sabemos da relação de Po e seu pai, Mr. Ping, o ganso. Se a situação era usada como comédia no primeiro filme, aqui é a base para esta continuação, sem estragar a mitologia do filme. É sempre bom ver quando uma continuação adiciona ao filme original ao invés de deturpá-lo. Po evolui bastante como personagem, mas continua o mesmo que nos conquistou, o que é incrível.
Em questão de qualidade e comédia, o filme está no mesmo patamar do primeiro, continua agradável. Foram acrescentadas mais cenas de ação, que estão excelentes, técnica e visualmente impressionantes, que fazem valer o nome do filme.
No final das contas, tenho medo do que pode acontecer se resolverem fazer uma trilogia. Se não houver aprimoramentos e o filme continuar nesta linha, o próximo filme pode ser ruim. Mas me assusta de qualquer jeito, porque a DreamWorks, em sua primeira experiência com trilogias, pôs tudo a perder. Sim, falo de Shrek Terceiro.

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