sexta-feira, 8 de abril de 2011

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles

A globalização está presente na distribuição internacional desse filme. Enquanto nos Estados Unidos ele se chama "Batalha: Los Angeles", porque ele acontece, óbvio, na Cidade dos Anjos, no resto do mundo foi acrescentado o "Invasão do Mundo" para dizer que aquilo aconteceu no mundo todo, mas o filme se concentra só em LA.


Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles (Battle: Los Angeles)
Direção: Jonathan Liebesman
Explosão, tiros, bombas, devastação, granadas, aliens, mortes. Um filme que tem tanta coisa e que falta tanta coisa.
O mundo inteiro é invadido, alguns lugares já foram devastados. O exército americano pretende destruir Los Angeles para acabar com os alienígenas, mas há algumas pessoas presas no local. O Sargento Nantz (Aaron Eckhart) e sua equipe correm contra o tempo para tentar salvá-los.
A sinopse do filme diz tudo o que você precisa saber. Não há mais nada na história, além de algumas tentativas falhas de tentar criar uma. Mas a pretensão do filme não é ter uma história mesmo.
O filme tem efeitos especiais impressionantes. É um realismo estupendo, dos tiros, das explosões, de tudo, basicamente. Os efeitos de guerra são sensacionais, dá realmente para acreditar que Los Angeles virou um grande campo de batalha devastado.
E é só isso. O estúdio quis fazer um filme que fosse tecnicamente sensacional, para atrair pessoas que verem ver as coisas voando pelos ares, e só. Se você quer ação que não pare em nenhum minuto, tensão a cada tomada e pirotecnia de monte, esse filme é para você.
Mas saiba que depois de algum tempo só nisso, você vai querer se preocupar com outras coisas, e é aí que está o problema. Já disse que não há nenhuma história no filme. No máximo, que esse é o último trabalho do Sargento Nantz (clichê) e que um soldado não gosta dele porque seu irmão morreu sobre o comando do sargento (muito mal explorado). E isso é o máximo que eu consigo lembrar sobre a narrativa no filme.
E já que falo nos personagens, os atores do filme estão todos trabalhando no piloto automático. Nenhum deles dá nenhuma interpretação memorável, estando lá para que o filme seja mais comerciável com nomes famosos. Aaron Eckhart e Michelle Rodriguez, que já fizeram papeis muito bons, são as caras conhecidas para deixar ele mais agradável, mas que não fazem muito pelo filme. E até Ne-Yo está aqui para tentar atrair pessoas para ver o filme.
E quanto aos alienígenas que invadem, a função deles é apenas representar uma ameaça para que esse pequeno exército de humanos possa esgotar sua munição. E o diretor não consegue nem decidir se devemos ver os invasores ou não. Eles são sempre mantidos escondidos ou muito ao longe, e se fosse assim sempre seria uma estética interessante. Mas há alguns momentos em que as criaturas aparecem, estragando nossa sensação de inocência. Chegam até a fazer uma autópsia em um deles.
O filme acaba tentando copiar alguns filmes que fizeram sucesso. Um pouco da destruição de Falcão Negro em Perigo, a invasão e o modo de esconder o invasor de Cloverfield - Monstro, e o estilo documental e o modo de mostrar o inimigo de Distrito 9. E, no final, acaba perdendo sua própria identidade no processo. Vale como um show pirotécnico bem realizado, nada mais.


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