sexta-feira, 8 de julho de 2011

Transformers: O Lado Oculto da Lua

Eu poderia descrever esse filme como visualmente impressionante e resumir tudo somente nessa frase. Mas como existem alguns outros pontos interessantes a ser comentados, eu vou perder tempo fazendo um texto comum.


Transformers: O Lado Oculto da Lua (Transformers: Dark of the Moon, 2011)
Direção: Michael Bay
Um filme megalomaníaco de um diretor megalomaníaco, esse Transformers passa todos os limites da destruição cinematográfica normal e cria quase um balé bélico de metal, adornado de explosões e trilha sonora de tiros.
Depois de descobrirem uma nave de seu planeta natal na Lua, Autobots e Decepticons travam uma corrida para conhecerem seus segredos, revivendo sua história e travando a batalha final deles na Terra.
O que eu descrevi acima é o que eu consigo me lembrar da história do filme. O roteiro é construído para se ter uma desculpa para vermos os robôs gigantes se estraçalhando durante o filme todo. Não é um roteiro ruim, mas está longe de ser bom.
Uma das qualidades dele é usar eventos históricos para basear sua trama. A Corrida Espacial dos anos 60 é resultado direto dos Transformers, já que uma nave deles, fugindo da guerra em seu planeta Cybertron, caiu na Lua. Os americanos, para investigar o que aconteceu, desenvolvem meios de chegar à Lua (e antes dos russos, óbvio).
Continuando com os elogios, Shia LaBeouf é bastante carismático. Ele atua bem e faz uma boa ligação com os robôs gigantes. Ele está muito mais histérico nesse filme, resultado direto da piada com seu grito no segundo filme, o que chega a cansar um pouco, mas mesmo assim rende boas risadas em seus momentos mais assustados. John Turturro continua com seu divertido personagem galhofado, e Frances McDormand se junta à equipe com uma personagem até engraçada, mas que na maioria das vezes é tão sem carisma quanto os pais de Sam.
E a grande polêmica e dilema do filme: trocar Megan Fox por Rosie Huntington-Whiteley não faz diferença nenhuma ao filme. As duas estão ali para preencher o espaço da gostosa, sendo que nenhuma das duas é grande atriz e estão ali para rivalizar com os carros do filme em questão de curvas. Talvez Michael Bay tenha até ganhado nessa, já que a primeira imagem de Rosie (sobrenome complicado demais) é justamente um close em sua bunda subindo as escadas. Megan Fox já era muito "estrela" para isso.
E quando eu disse lá em cima que o diretor é megalomaníaco, isso se deve ao conteúdo não só desse filme, mas como de todos de sua carreira. O que ele quer colocar na tela são efeitos especiais e destruição geral sem parar. Analise sua filmografia e você vai encontrar filmes como Os Bad Boys e Bad Boys 2, Pearl Harbor, Armageddon e, claro, os dois primeiros Transformers. Filmes que tem destruição como elemento principal. E se é o que ele quer mostrar e passar adiante, ao menos nisso ele se garante. Esse terceiro filme dos robôs tem os efeitos especiais mais impressionantes que eu vi nos últimos tempos. Pedaços de metal voando para todo lado, tiros disparados a todo o momento, brigas entre robôs gigantes, carros reajustando suas peças para virar os robôs. Tudo com um realismo emocionante, eu saí dos cinemas achando que eles estão realmente entre nós. A destruição de uma cidade inteira no terceiro ato é fenomenal e grandiosa, nunca vi tanta destruição em um filme só. É a minha aposta para o Oscar de Efeitos Especiais, e um filme desses é necessário para que a tecnologia se desenvolva cada vez mais e torne muitos outros filmes melhores.
Pena que o filme seja só isso. Não tem roteiro, não tem história, não tem atuações memoráveis e nem acrescenta nada para quem for assistir. E não digo que o gênero é assim, porque já vi muitos filmes com bastante ação e tramas intrigantes. O espetáculo que Michael Bay quer criar é simplesmente mostrar carros incríveis se transformando em robôs alienígenas gigantes de metal e objetificar as mulheres. É um bom passatempo e pronto. E quem não gosta de presenciar, praticamente, um fim do mundo particular?

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